O candidato Roberto Duarte que concorre ao Senado pela Coligação Produzir para Empregar, foi ovacionado em debate realizado na Ufac, na noite desta segunda-feira, ao propor o fim do voto obrigatório. Se eleito, o advogado, filho do saudoso jurista Roberto Duarte e sobrinho do ex-professor universitário Rui Duarte, também falecido, anunciou que proporá a “Lei do Colarinho Branco”, que tornará crime hediondo a corrupção praticada por políticos com mandato no Brasil. Duarte chegou acompanhado do candidato ao Governo do Acre, Bocalom, que permaneceu até o fim do evento realizado no Auditório do Anfiteatro Garibaldi Brasil.
Roberto Duarte fez uma crítica avalição do atual momento político do Acre, pediu votos para a candidata à presidência da República, Marina Silva, e ao governo do Acre, Bocalom, e condenou as ausências de seus concorrentes. Perpétua Almeida (Frente Popular) comunicou a desistência 11 minutos após o início do debate. Gladson mandou avisar que não compareceria faltando 10 minutos.
“Eles não se importam com a gente. Não se importam com a instituição, nem mesmo com o ensino superior”, disse o acadêmico de Direito, Gabriel Santos, organizador do “Dia do Basta” no Acre. O presidente do C.A de História, Carlos Leandro de Souza, afirmou que “ao faltarem ao debate, Perpétua e Gladson demonstraram ter medo de expor suas propostas à comunidade acadêmica. “Eles confirmaram presença e, injustificadamente, desistiram de última hora, num claro desrespeito à academia, estudantes, funcionários e professores”, afirmou. “Caiu as mascarás desses candidatos sem compromissos com a população”, protestou o estudante do 3 período do mesmo curso, Matheus Asaf de Souza.
A proposta de redução da maioridade penal, de 18 para 16 anos, empolgou a plateia quando o candidato informou que o Acre possui uma das maiores populações carcerárias entre criminosos nesta faixa etária. Outro momento importante do debate foi quando uma estudante perguntou sobre a autonomia econômica do Estado. “Nesses 16 anos de administração do PT, não existe um único indicativo socioeconômico capaz de colocar o Acre em posição de destaque. Saímos do combalido extrativismo para o nada. Somos o pior PIB do Brasil. Temos a maior e a mais jovem população carcerária do país”, anunciou o candidato, afirmando que “todas essas adversidades serão superadas” no governo Bocalom.
Ele também propôs a efetivação da Área de Livre Comércio (ALC) de Cruzeiro do Sul; a redução da maioridade penal para acabar com a sensação de impunidade, o direito de os jovens, acima de 16, de tirarem a Carteira Nacional de Habilitação (CNH); a reforma e atualização do Código Penal para tornar as leis mais rígidas; a defesa dos princípios cristãos; a luta pela construção da ponte do Rio Madeira e a expansão dos investimentos da Suframa para o Estado do Acre.
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