Eleições: O tempo de eleger “postes” no Acre já passou

Já teve tempo em que os “poderosos” do Acre colocavam a mão sobre um candidato e o dito cujo se elegia. Eram eles que definiam quem seria senador, deputado federal e deputado estadual. Apesar disso ter mudado parece que alguns ainda não perceberam. Continuam a insistir em candidaturas sem apelo popular.  E por outro lado, as urnas respondem de maneira desagradável aos insistentes. O problema não é unicamente da FPA. A oposição também tem cometido erros similares. Uma candidatura, sobretudo, aos cargos majoritários tem que ser muito bem estudada. Se não reunir todos os elementos para um bom desempenho eleitoral é melhor ser abandonada antes de nascer.

Os dois lados da moeda 1
A princípio alguns acharam que o atual prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre (PT), seria um “poste”. Mas o seu desempenho como gestor tem surpreendido até mesmo alguns “companheiros”. Marcus se tornou um bom político. Talvez melhor do que alguns desejassem. Aprendeu rápido “a se virar” na selva da política.

Os dois lados da moeda 2
Quem vai questionar a produção no parlamento da deputada Antônia Sales (PMDB)? Ela foi muito além do que imaginava o seu marido, o prefeito Vagner Sales (PMDB). Agora, estão lançando a filha Jéssica Sales (PMDB) para federal. Se conseguir se eleger a jovem médica vai surpreender muita gente.

Caindo de paraquedas
Mas tem alguns que aparecem sem eira e nem beira em tempos de eleição. As vezes são até gente de bem. Mas não moram mais no Estado e perderam o contato com a “quente” realidade acreana. Vão jogar dinheiro fora e “pagar mico”.

Haja ousadia
O jornalista Salomão Matos (PP) candidato a deputado estadual tem feito uma campanha irreverente. Estacionou um fusca velho, que chama de viatura de desratização, em frente da ALEAC. Saróca quer acabar com os ratos da política do Acre.

Essa Folha de São Paulo…
O pessoal da campanha do Bocalom (DEM) vibrou com a pesquisa que o jornal Folha de São Paulo publicou neste final de semana. Pelos números do Instituto Phoenix divulgados no dia 14 de agosto, Bocalom está na frente de Tião Viana(PT).

Bocalom paz e amor
O candidato ao Governo do DEM parece ter aprendido algo com ex-presidente Lula (PT). Seus programas na TV não batem em ninguém. E Acrelândia parece ter sido esquecida. Bocalom vai “quietinho” na campanha. Aonde chegará só as urnas dirão.

O fator verde
A entrada do PV na coligação de Bocalom ajudou muito. Eles fazem campanha com metodologias utilizadas pela FPA. Henrique Afonso (PV) é um bom político e, a sua candidatura a vice, trouxe novos ares para a turma do Bocalom.

A confusão dos números
O Instituto Delta fechou uma pesquisa neste final de semana para o Governo e o Senado. Se os números forem muito diferentes da Vox Populi a gritaria vai ser grande. Cada instituto tem apresentado a sua versão do atual quadro eleitoral. Mas a verdade só será revelada no próximo dia 5 de outubro.

A bola de cristal de Jorge Viana
Mesmo antes de haver um fato concreto sobre o “Escândalo da Petrobrás” o senador acreano já adiantou que o PSDB está envolvido. Como Jorge já foi diretor na estatal mineira dos tucanos, Helibras, deve saber do que está falando.

Fora de sintonia
O fato é que dificilmente Aécio Neves (PSDB) chegará ao segundo turno pelo que indicam as recentes pesquisas. Mas o fato do nome do falecido Eduardo Campos (PSB) aparecer nessa “confusão” prejudica Marina Silva (PSB).

Forças opostas
A mistura das campanhas ao Governo e Senado podem trazer lucros, mas também prejuízos aos principais majoritários. Tem candidaturas puxando pra baixo e outras empurrando pra cima. O resultado dessa equação só será confirmada nas urnas.

Muitos caciques pra poucos índios
Quem estiver fazendo campanha com a esperança de ser eleito com os votos indígenas poderá ter uma surpresa. Os que mais investem no segmento são Moisés Diniz (PC do B) e Shirley Torres (PV), candidatos a federal.

Divisão na aldeia
Pelas informações que tenho os ashaninkas não votarão todos nos mesmos candidatos ao Governo e ao Senado. Uma das lideranças puxa votos para a FPA, mas tem aqueles que votam na oposição. Vai ser difícil o consenso.

Cachorro morto?
Se os números do Vox Populi são verdadeiros então não entendo porque os programas eleitorais da FPA estão batendo no candidato ao Governo, Márcio Bittar (PSDB). Já dizia o velho filósofo chinês que não se chuta cachorro morto. Ou será que não está tão morto assim?

O silencioso povo do Acre
Sempre utilizei as minhas conversas com os motoristas de táxi para sentir o termômetro de uma eleição. Nesses dias, num bate papo o taxista me dizia uma frase emblemática: “o povo está quieto. Ninguém quer falar em quem vai votar. Nas outras eleições as pessoas pediam votos. Agora, ninguém quer se comprometer”. Durante a conversa me lembrei de um pesquisador que me disse algo similar. “Olha que temos tido dificuldade para as pessoas responderem os questionários das pesquisas. Ninguém quer se comprometer. Acho mesmo que alguns mentem sobre em quem vão votar,” disse ele. Diante de tanto silêncio e medo acho que o resultado eleitoral no Estado poderá reservar uma grande surpresa. Esperemos com paciência porque como dizia um velho sábio da floresta: “a verdade não se nega, a verdade não se esconde…”