Eleições: Os próximos 30 dias conterão a “eternidade”

Falta exatamente um mês para a eleição que vai escolher os novos governantes e parlamentares do Brasil. Ao contrário do que muita gente pensa não tem nada definido tanto no plano nacional como estadual. Marina Silva (PSB) ascendeu como um cometa, mas as recentes pesquisas já mostram uma estagnação. A dúvida é se Aécio Neves (PSDB) ainda vai crescer ou “desidratar”. Mas pela qualidade do seu programa eleitoral de TV não acredito numa queda vertiginosa do tucano. A tendência é que haja mesmo um segundo turno entre Dilma (PT) e Marina. Nesse caso, tudo poderá acontecer. No Acre, também a dúvida é se os dois principais candidatos de oposição, Márcio Bittar (PSDB) e Bocalom (DEM) terão juntos votos suficientes para provocarem um segundo turno. Tião Viana (PT) está com uma campanha forte e luta para que a “parada” se resolva já no próximo dia 5 de outubro. Por isso, os próximos 30 dias serão decisivos. Já dizia um amigo meu marqueteiro: “cada dia com a sua agonia”. Qualquer notícia que envolva candidatos negativamente, seja na mídia ou nas redes sociais, poderá decretar o resultado final das eleições de 2014.

O Acre Marinou
Ao contrário de 2010, em que Marina Silva, ficou em terceiro lugar, parece que os acreanos estão orgulhosos de terem uma candidata à presidência. A forte exposição na mídia de Marina tem influenciado muita gente. Ela deve ganhar por aqui.

O tempo cura tudo
Aquela imagem de uma ambientalista contra a BR 364 e multando agricultores através do IBAMA parece ter sido esquecida. A nova onda Marina parece ter lavado mágoas antigas e aberto o caminho da sua vitória no Acre.

Oportunismo barato
Tenho visto alguns candidatos a deputado estadual conscientes de que não têm chances de chegar à ALEAC. Mas empenham-se em ter boas votações para se cacifarem a cargos comissionados no próximo Governo. Uma pobreza.

Contradição
Em torno de 500 famílias de acreanos serão expulsas da Bolívia. Será que terão ao menos o mesmo tratamento que os haitianos? Esse jogo do Brasil com a comunidade internacional é muito estranho. Estrangeiros parecem ter mais direitos que brasileiros.

A tábua de salvação
Os comunistas estão jogando pesado para que haja um debate entre os candidatos ao Senado. Na realidade, que eu saiba, nunca houve esse tipo de programa na TV do Estado. Mas como uma parte da mídia depende de verbas públicas é capaz de alguém programar na última hora esse embate.

Nem sempre resolve
Assisti a um debate na TV entre Cristovam Buarque e Joaquim Roriz, em 98, pelo governo do Distrito Federal. Na ocasião, Cristovam, se mostrou tão “sabido” que os telespectadores se compadeceram de Roriz. Resulta, Roriz deu uma lavada nas urnas no “intelectual”.

Não procede
Duvido que exista qualquer possibilidade da FPA “jogar a toalha” da candidatura de Perpétua Almeida (PC do B). A disputa será renhida até o final. Vão tentar usar todos os artifícios para desvalorizarem o principal adversário Gladson Cameli (PP).

Foco errado
Desde de a pré-campanha que venho escrevendo que esses ataques contra o Gladson iriam deixa-lo mais forte na campanha. É isso que percebo com quem converso nas ruas. Tem gente revoltada com as “agressões”.

Muito barulho por nada
Perpétua Almeida é uma boa deputada. Mas exagerou na promoção da indenização aos Soldados da Borracha. Dificilmente esse dinheiro vai sair antes de 2015. Para quem esperou mais de 50 anos é muito tempo. E fica a sensação de “engano”.

Parceria inusitada
A candidata a deputada federal Shirley Torres (PV) andou participando de reuniões com o deputado estadual Manoel Moraes (PSB). Os dois, apesar de candidatos ao Governo distintos, se identificam politicamente com propostas ambientalistas.

Herói lá, “vilão” aqui
Uma postura estranha dos candidatos da FPA em relação ao falecido ex-governador Orleir Cameli. Quando estão no Juruá exaltam e elogiam o Barão. Mas em Rio Branco, mostram as falhas da sua gestão de maneira “destrutiva”. Mesmo sem citar diretamente o nome de Orleir o “pau canta” com acusações de atrasos de salários e corrupção. Utilizam o Governo de Cameli como referência para ressaltarem as realizações das gestões da FPA. Quem não acreditar é só buscar os programas de TV da FPA desta semana. Precisam decidir urgente para opinião pública se Orleir afinal foi um herói ou um vilão.