Marizete Nogueira, 41, dona-de-casa, disse não estar mais indecisa nas eleições para o Governo do Acre. “Gostei da proposta de contratar 3.200 policiais”, disse a mulher pessoalmente, ao candidato Bocalom, após o debate realizado nesta sexta-feira pela Rádio e TV Juruá, em Cruzeiro do Sul. Ela mora no Bairro da Várzea, onde, recentemente, houve três crimes violentos em menos de 10 dias. “Pois traga mais médicos para cá”, completou costureira Izolda Chaves Nogueira, de 78 anos, que tem procedimento cirúrgico agendado para o fim de setembro, em Rio Branco, por que não tem neurocirurgião em Cruzeiro do Sul.
O aposentado Gilmar Germano, de 82 anos, embora não seja obrigado a votar, atendeu ao chamamento da emissora e compareceu, ao fim do debate, para conhecer o candidato democrata. “Gostei da idéia de perdoar a dívida dos agricultores. Não esqueça de nós”, afirmou o aposentado, que morava às margens do Rio Ipixuna e, endividado com infrações aplicadas pelo Imac, se diz “com saudade da minha colônia”.
Um grupo de estudantes, ainda fardados, cumprimentou os demais candidatos, mas esperou o fim do debate para tirar uma selfie com Bocalom. Irineu Thiago, de 16 anos, quis saber mais detalhes da poupança Jovem, proposta do Plano de Governo de Bocalom. “Acho que é bom receber esse incentivo ao terminar o segundo grau e já entrar na universidade estadual que ele vai criar pra nós”, disse o garoto, que admite estar atrasado nos estudos. Edison Mattos, de 24 anos, concorda com a cobrança feita pelo candidato para a conclusão definitiva da BR-263.
“O Bocalom venceu esse debate e o povo do Juruá está contemplado com as propostas mais positivas. Tenho certeza que o juruaense teve as respostas que queria ouvir, de um homem sereno, firme na defesa de nosso plano de governo”, opinou o deputado Henrique Afonso, candidato a vice-governador.
Para a comerciante Joelma Souto da Souza, que viu o debate pela TV, “o destempero de um dos candidatos provou que Bocalom tem muito mais a oferecer para o projeto de mudança da oposição”. O democrata agradeceu a oportunidade dada pela TV Juruá e se dirigiu aos habitantes da região com a serenidade de um educador: “debates têm tempo curto. Nem sempre podemos falar tudo, mas eu procurei ser o mais didático possível. Graças a Deus, tivemos uma receptividade bastante positiva dos habitantes daqui. Obrigado a todos”, disse Bocalom.