Estudantes do Acre na Bolívia se dizem temerosos com suspeita de Ebola

Vários estudantes acreanos que moram em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, se dizem temerosos com a suspeita de entrada do vírus Ebola no país. As autoridades de saúde investigavam o primeiro caso suspeito da doença, em uma pessoa procedente da África, informou no sábado uma fonte do serviço de epidemiologia de Santa Cruz, que fica no leste do país.

“Sabemos que o vírus não pega assim fácil, no ar, igual ao vírus da gripe. Tem que ter contato bem direto com o infectado. Depois que a pessoa morre é que o vírus é altamente contagioso. Ficamos preocupados com a notícia desse vírus aqui, mas torcemos para que essa suspeita não venha a ser confirmada”, disse a estudante de medicina, Mariana Silva.

Ela diz ainda que as autoridades de Santa Cruz tem toda uma supervisão para entrada e saída de estrangeiros. “Aqui em Santa Cruz há toda uma supervisão. Acredito que a segurança deve ser reforçada nas cidades menores da Bolívia, como em Cobija, por exemplo”, ressaltou.

A pessoa investigada, que não teve o sexo e a idade revelados, havia feito várias escalas em cidades da África, segundo um funcionário de uma clínica particular da cidade. Outros oito passageiros do mesmo voo também estão passando por exames, acrescentou.

O Ministério da Saúde boliviano adotou há dez dias medidas sanitárias preventivas contra o ebola em aeroportos e fronteiras terrestres do país com a difusão de informações epidemiológicas para detectar e isolar eventuais contagiados. A Bolívia não registrou casos do vírus, que fez centenas de vítimas no oeste da África.

Estudante também de medicina em Santa Cruz, Ítalo Mendes diz que a família que mora no Acre, ao saber da suposta entrada do vírus no país vizinho ligou para ele em busca de informações.

“Todos ficam preocupados, pois em alguns outros países o caso merece cuidados sérios. Estamos nos informando melhor sobre esse assunto aqui na Bolívia. Ficamos preocupados, mas estamos todos bem, por enquanto”, comentou.