Se for por menos posses Fortunato é o favorito

Assisto pelas redes sociais e, agora, também nos programas eleitorais de rádio e televisão um debate estéril sobre a vaga acreana ao Senado. Tentam desqualificar Gladson Cameli (PP) pelo fato de pertencer a uma família rica. Acho esse foco completamente disparatado. Se analisarmos os quatro candidatos vamos confirmar que não existe nenhum “mendigo” entre eles. Perpétua Almeida (PC do B) é deputada federal e o seu marido Edvaldo Magalhães um dos mais fortes secretários da atual gestão estadual. Ela terá como candidata da FPA os apoios dos Governos Federal e Estadual, além da prefeitura de Rio Branco. Roberto Duarte (PMN) é um advogado bem sucedido de uma das famílias de juristas mais importantes do Acre. Resta Fortunato (PSOL) que é professor universitário da UFAC, que vive do salário de uma das profissões mais desvalorizadas do Brasil. Se ter menos é o que conta para qualificar a candidatura ao Senado então as chances de Fortunato realmente são as maiores.

Questão de foco
Na minha avaliação, o eleitor acreano não quer saber quem é o mais rico ou o mais pobre para ocupar a vaga no Senado. Mas quais as propostas de cada um dos quatro candidatos para ajudar o Acre no seu desenvolvimento social.

O destino de cada um
Ninguém escolhe família para nascer. E o quê importa realmente num debate eleitoral é quem tem mais capacidade política para defender os interesses da população no Parlamento Maior do país, que é o Senado.

Boa safra
Um fato que considero relevante são os bons nomes que estão disputando a vaga acreana no Senado. Todos os quatro têm condições de desempenharem bem o seu papel nos próximos oito anos. Então que a escolha seja livre para os eleitores, sem mentiras e ataques desnecessários.

Difícil prever
Tenho acompanhado o movimento dos candidatos de todas as coligações a deputado federal. Difícil prever o resultado final. Mas me parece que a Aliança tem condições de eleger três, a Produzir para Empregar, um e, a FPA, quatro.

Sem lógica
Mas ainda é muito cedo para se ter um quadro completo dos eleitos a federal. As campanhas ainda não pegaram vento. E sempre podem existir aquelas surpresas. Candidatos que podem ter votações expressivas e ajudar a sua coligação.

Acorda TRE
Acho um absurdo utilizarem o horário gratuito dos federais para elogiar ou atacar candidaturas majoritárias ao Governo e ao Senado. Uma vaga de deputado federal no Acre é quase majoritária por serem apenas oito. Então que o eleitor possa ver as propostas dos candidatos e não os interesse maiores das coligações.

Todo mundo quer enricar
A disputa mais “estranha” nessas eleições é para deputado estadual. São tantas as vantagens financeiras de ocupar uma cadeira na ALEAC que a disputa virou um “negócio”. O candidato calcula quanto investirá para saber quanto lucrará se ganhar.

Se arrependimento matasse…
Na eleição de 2010 um deputado estadual concorreu para federal e ganhou. Com alguns meses na Câmara Federal se arrependeu amargamente da decisão. As contas começaram a se acumular porque os ganhos eram bem menores que os anteriores.

A turma de Eymael
O PSDC tem apenas um candidato a deputado federal no Acre. Afonso Fernandes (PSDC) terá o apoio de todos os candidatos a estadual do seu partido. Se é competitivo só os próximos 40 dias irão mostrar.

Olha ele aqui de novo
Por falar no Eymael (PSDC), o candidato a presidência da República estará no Acre no próximo dia 5 de setembro. Ninguém concorreu tantas vezes ao cargo maior do país como Eymael. Em 2018, podem contar com ele de novo.

Mão boa
O Dr. Julinho (PSB) é candidato a deputado estadual. Um médico competente que tem uma grande clientela. Se todas as pacientes e as crianças que vieram ao mundo pelas suas mãos votarem no Julinho as chances de vitória são grandes.

Esperando a “degola”
Por falar em Dr. Julinho, a sua esposa Márcia Regina, chefe de Gabinete do atual Governo, continua filiada ao PV. Márcia me disse que não irá pedir a desfiliação. Ela vai esperar o partido expulsá-la. Mas não acredito que isso aconteça.

Nem alhos e nem bugalhos
Considero normal o fato de Fábio Vaz, marido de Marina Silva (PSB), ter ocupado cargos no Governo petista do Acre. Afinal ele é um profissional que tem trajetória própria. Não vive a reboque da esposa conhecida internacionalmente.

Triste coincidência
O avião do presidenciável Eduardo Campos (PSB), caiu em Santos (SP) a uma quadra e meia da casa de Fábio Vaz. Ele e Marina Silva moraram muito tempo nessa residência. A propriedade em Santos continua a ser de Vaz.

A pedra e a vidraça
O horário eleitoral de rádio e TV está mostrando aquilo que já era esperado. Os dois candidatos ao Governo e ao Senado no primeiro lugar da pesquisa IBOPE serão os alvos preferenciais dos seus adversários. Tião Viana (PT) e Gladson Cameli (PP) podem se preparar para o “chumbo grosso”. No entanto, tenho as minhas dúvidas sobre esse tipo de postura. Já vi diversas vezes aqueles que são mais “agredidos” crescerem contrariando as expectativas dos adversários. No Juruá o povo costuma dizer o seguinte: “não gosto de candidato que só fala do alheio”. Então o melhor é apresentar propostas e deixar as armas e a munição de lado.