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Sem macas, hospital de Brasileia atende pacientes nos corredores

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A imagem de um homem deitado sem camisa no chão do Hospital Raimundo Chaar em Brasileia e vários pacientes sendo atendidos em um dos corredores da unidade de saúde é o puro reflexo de uma Saúde Pública que vive um profundo descaso, principalmente no interior do Acre.


O homem que aparece na foto sofreu um acidente em Brasileia no último final de semana e ficou no chão esperando ser atendido pela equipe do hospital porque faltava maca na unidade. A foto, que ganhou repercussão após ser publicada no site de notícias da região de fronteira Oaltoacre.com, foi tirada de uma celular.

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No sábado passado o Hospital Raimundo Chaar enfrentou uma superlotação após o trabalho de resgate feito pelo Serviço de Urgência e Emergência na região de Assis Brasil, Brasileia e Epitaciolândia.


Há ainda na unidade vários registros da falta de medicamentos, além da estrutura precária de atendimento.


Procurada por ac24horas, para dar a versão do hospital, a gerente da unidade, Leonice Maria, disse que o rapaz caído no chão estava embriagado e tentou agredir um atendente do Samu ao chegar ao hospital. O paciente, que segundo a gerente estava fora de si, foi dopado e em seguida colocado em uma maca. “Na hora que ela estava no chão uma pessoa tirou a foto”, diz.


Ainda segundo Leonice Maria o final de semana na fronteira foi atípico. Há registro de vários acidentes com pessoas feridas e por isso o hospital ficou lotado além do normal.


“A demanda foi grande no final de semana. Foi muita gente atendida. Teve tiro, teve acidente de moto. A demanda foi grande, mas esse rapaz que está no chão, ele chegou agressivo e até rasgou a camisa do rapaz do Samu, que estava dopando ele pra colocar ele na maca. Ele queria quebrar tudo dentro do Pronto Socorro. Eu tenho o boletim de ocorrência que o rapaz registrou, o motorista do Samu. E aí alguém aproveitou e tirou a foto do celular pra postar, mas logo a gente colocou ele na maca”, argumenta.


A gerente não nega, entretanto, que a unidade não possui estrutura suficiente para atender o Alto Acre. Ela também admitiu a falta de medicamentos. “Não temos 100% de medicamentos e esse final de semana a demanda foi grande para o tamanho do nosso hospital”, disse.


 


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