O significado da palavra obsessão no dicionário é ideia fixa. Pois é isso que está acontecendo com alguns setores da política e da imprensa acreana. Estão com a ideia fixa de que o Amazonas quer dominar o Acre através da política. A tese é completamente disparatada. Ninguém precisa fazer a defesa desse absurdo. A lógica das coisas se explicam sozinhas. O Amazonas é atualmente um dos estados mais ricos do Brasil. O quê ganharia com o predomínio político e econômico do Acre? Além disso, a extensão territorial do Amazonas é a maior do país. Iria querer mais um tanto de terras para administrar? Eles não conseguem nem fazer a ocupação dentro de casa e vão querer ocupar o vizinho Acre? Os municípios do interior amazonenses tem uma infraestrutura muito inferior ao acreano. Falta pavimentação e saneamento básico. Quem não acreditar é só fazer uma visita a Boca do Acre, Guajará ou Ipixuna. A saúde pública do Acre, de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, é que atende a maioria dos amazonenses desses municípios fronteiriços. No aspecto político o Amazonas tem muito mais representatividade do que o Acre, evidentemente, pelo fato de ter uma população maior e pelo desenvolvimento econômico que tem como base a Zona Franca de Manaus.
Perda de tempo
Na minha avaliação, as coligações deveriam mudar o foco dos “ataques” e mostrar as suas propostas. Então se a candidata ao Senado, Perpétua Almeida (PC do B) receber o apoio (que já deve ter) da senadora do Amazonas, Vanessa Grazziotin (PC do B), é porque vai ser a quarta senadora do outro estado?
Chega de besteira
Acho natural a Vanessa vir ajudar a colega de partido no Acre. Afinal, para quem ainda não sabe Amazonas e Acre fazem parte da mesma Amazônia e do Brasil. Essa história de dominação política é conversa pra boi dormir.
Paranoia exacerbada
Teve ex-deputado imbuído de divulgar a “teoria da conspiração”. Acusou os candidatos ao Governo Márcio Bittar (PSDB) e ao Senado Gladson Cameli (PP) de estarem a serviço dos amazonenses. Gente, campanha é coisa seria. Ofereçam aos eleitores propostas e soluções para o Acre e, esqueçam o Amazonas.
Televisão de cachorro
Sabe aqueles frangos assados que ficam na porta das padarias e os cachorros sentem só o cheiro? Essa história de dinheiro que vem “não sei de qual lugar” para os candidatos de oposição é a mesma coisa. Tudo se resume ao cheiro.
Virais de internet
Um dos meios de comunicação mais utilizado nessa eleição tem sido o wattssapp. Circulam todo tipo de “viral” fazendo gozações com os adversários. Claro que o alcance dessa ferramenta ainda é pequena perto do rádio, TV e sites.
Uma pontada de humor
Esses virais não são levados a serio. Mas criam um clima provocação. Claro que o humor prevalece e dá um pouco de alegria para as campanhas. Até o final da eleição todas as coligações devem utilizar esse tipo de artifício para criticar os adversários.
Um risco desnecessário
As duas pesquisas mais recentes, Delta e Ibope, colocam o governador Tião Viana (PT) num patamar acima de 40%. Qual a necessidade de divulgar a do Vox Populi que mantém contrato com o atual Governo? Se os números forem muito diferentes terá um efeito exatamente contrário ao esperado.
Pé na estrada
O apresentador Alan Rick (PRB) esteve por três dias no Juruá. Candidato a deputado federal, Alan, conseguiu o apoio dos pescadores de Mâncio Lima através do França, um dos antigos batalhadores da causa.
Abençoado
Na sua jornada por votos Alan Rick anda acompanhado do Pastor Agostinho, líder espiritual da Igreja Batista do Bosque. A mobilização é grande entre os fiéis para que o apresentador chegue ao Congresso Nacional.
Sem 0800
Não adianta os candidatos a deputado federal e estadual irem fazer campanha no Juruá na base da conversa e da ideologia. Para conseguir apoio de lideranças na região é preciso bem mais do que uma conversa aprumada.
Sem brincadeira
Por todos os municípios do Juruá a campanha de mãe e filha, Antônia Lúcia (PSC) e Gabriela Câmara (PTC), estão bem expostas. O pai da jovem, que concorre a deputada estadual, é o deputado federal Silas Câmara (PSC) acostumado às campanhas na região, mas do lado do Amazonas.
Otimista
O mais otimista na campanha de Bocalom (DEM) é o deputado federal Henrique Afonso (PV), candidato a vice. Por onde anda garante que o seu candidato irá para o segundo turno como o mais votado do Estado.
Família unida
A ex-deputada federal Maria Lúcia, mãe da candidata a vice, Nazaré Araújo (PT), passou o final de semana no Juruá. O marido Lambert e a filha Louise também foram apoiar a candidata, que aliás continua por lá empenhada em conseguir votos para a FPA.
Dois extremos
Os lançamentos das candidaturas a estadual de Marcelo Siqueira(PT) e Josa da Farmácia (PTN) foram prestigiadas por Tião Viana (PT). Josa conseguiu reunir mais de mil pessoas no seu comitê de campanha.
Potência confirmada
A pesquisa do DataFolha revelou aquilo que era esperado. Marina Silva (PSB) é uma forte candidata a presidência da República. Navega na comoção da morte do aliado Eduardo Campos (PSB). Mas para saber se isso é real, só depois de uns 15 dias de programas eleitorais e quando a poeira da comoção nacional baixar.
Navegando no vácuo
O desempenho positivo de números de Marina Silva tem uma leitura interessante. Nem Aécio Neves (PSDB) e nem Dilma (PT) caíram na pesquisa. Marina está somando ao patamar de Campos os indecisos. Isso é muito forte se for consolidado nos próximos 15 dias.
Campanha eletrônica
Os programas eleitorais começam no rádio e na TV, nesta terça, dia 19. Depois de alguns dias dará para sentir se haverá ou não segundo turno no Acre. Acredito que venha uma “pancadaria” contra o líder nas pesquisas Tião Viana. Agora, se isso vai ter influência na intenção de votos só depois de duas semanas para saber. Tião teria que cair para o segundo turno se concretizar. Se depois de alguns dias de “guerrilha eletrônica” o atual governador continuar no mesmo patamar dificilmente haverá mais um turno eleitoral no Estado.
