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Clássico caseiro

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Chegou a vez de Rio Branco e Atlético medirem forças pela série D. Marcado para a Arena da Floresta, diferentemente de quando um e outro viajam para enfrentar times de fora do Estado, o jogo é em casa. Qualquer que seja o resultado, portanto, nenhum dos lados pode alegar cansaço por horas de voo, espera em aeroportos, fuso horário ou coisa que o valha.


Os dois times chegam para o clássico caseiro em condições absolutamente diversas. Enquanto o Rio Branco lidera o grupo, com dez pontos, fruto de três vitórias e um empate, o Atlético, com apenas quatro pontinhos, começa a experimentar uma sensação bastante desconfortável de ver três adversários se distanciando mais e mais na tabela de classificação.


Essa diferença na classificação, porém, ajuda a tornar o jogo em um choque de adrenalina de altíssimas doses de concentração. O Rio Branco precisa vencer para se manter na liderança, não dando margem para a aproximação dos vice-líderes. Mas o Atlético também precisa vencer, para seguir vivo e sonhando com uma passagem para a próxima fase.

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Devido à diferença de pontuação entre Estrelão e Galo, se poderia imaginar que o Rio Branco é favorito na partida. Isso, entretanto, não é verdade. O Atlético está atrás, mas o seu ataque tem perdido tantos gols que uma hora a sua sorte deverá mudar de rumo. E o Rio Branco está na frente, mas ainda precisa mostrar algo mais do que o que tem mostrado.


Descontados todos os catetos e ângulos retos ou tortos das mais diversas hipotenusas, noves fora os palpites dos eternos apaixonados pelas respectivas cores, o certo é que, na minha cada vez mais modesta opinião, não existe um favorito para o combate. Vai ser pau puro, canela com canela, ferro com ferro, chumbo trocado e outras analogias do gênero.


Vai ser um daqueles jogos resolvidos nos detalhes. A propósito, dizem que tanto deus quanto o diabo moram nos detalhes. Ou seja, para o bem ou para o mal, às vezes é um detalhe (em variadas situações julgado como irrelevante) que determina um resultado e/ou o rumo que as coisas podem tomar na vida. Pequenos detalhes, como na canção popular.


Se fosse um jogo da antiga Loteria Esportiva, eu me veria obrigado a gastar uns cobres a mais e marcaria triplo. Cercado por todos os lados de absoluta precaução. Palpite simples só o do empresário Ezequias “Açaí Sarado”, que iria de Estrelão, e o do cronista Marcelo Avelino, que iria de Galo. Todo o resto do planeta no uso da razão marcaria triplo, como eu.


É isso, então, meus caríssimos leitores. No mais, só aquele meu apelo de sempre, de que precisamos todos comparecer à Arena da Floresta. Os nossos artistas da bola precisam demais do apoio das respectivas torcidas. Ver a maioria dos aprazíveis lugares do estádio vazios faz doer o coração. Não só doer o coração, como secar o bolso dos clubes! Vamos lá?


 


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