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Jornalismo não é propaganda

Procuro escrever a minha coluna da maneira mais imparcial possível. Evito colocar informações pessoais dos personagens da política e trabalho com fontes de todos os lados, mas sempre checando para ver a veracidade das notas. Por isso acho um absurdo o que estão fazendo alguns “colegas” com ligações evidentes com a FPA. Ao invés de divulgar informações positivas dos seus candidatos estão difamando adversários políticos. Primeiro publicaram nas redes sociais que o candidato ao Senado Gladson Cameli (PP) estaria armando para ser o quarto senador do Amazonas. E, como se não bastasse, a “tropa” começou a publicar isso também em colunas e jornais bancados com verbas publicitárias públicas. Fui checar a informação como se faz sempre no bom jornalismo. A assessoria do deputado federal Gladson Cameli me informou que em oito anos de mandato ele nunca colocou um real que fosse de emendas para o Amazonas. Então baseado em quê estão divulgando esse tipo de factoide? Parece mais é uma apelação!


Falta de conhecimento
Outro dia li o absurdo que o governador do Amazonas José Melo (PSD) pousou em Cruzeiro do Sul para fazer campanha para o Gladson. Só quem não conhece a região do Juruá pode escrever uma besteira dessas. José Melo foi fazer campanha para o Governo nos municípios amazonenses de Guajará (AM) e Ipixuna (AM). E o único aeroporto possível para pousar o tipo de aeronave que usa é o de Cruzeiro do Sul.


Absurdo dos absurdos
José Melo que concorre ao Governo do Amazonas está bem atrás do seu adversário Eduardo Braga (PMDB) nas pesquisas. Iria perder tempo fazendo campanha para um candidato de outro estado enquanto a sua própria campanha está deficitária? Não tem lógica.


Perderam a oportunidade
Agora, o que tropa de jornalistas ligadas a FPA não soube é que uma semana antes o senador Eduardo Braga também esteve em Cruzeiro do Sul. Com o mesmo destino do seu adversário: fazer campanha para o Governo nos municípios do Juruá do Amazonas.


Sem comparações
Até mesmo pelo que gera de riquezas a Zona Franca de Manaus o Amazonas não precisa de recursos de emendas como o Acre. Então para quê iriam investir para ter mais um senador? Quem escreve esse tipo de bobagem deveria ter vergonha do “mico” que está pagando diante da opinião pública.


Questão de foco
Acho que os coordenadores da campanha da candidata ao Senado Perpétua Almeida (PC do B) deveriam orientar melhor a sua tropa de divulgadores. Esse tipo de “ataque” tem o efeito inverso do esperado. E as pesquisas estão mostrando isso.


Mudança de rumo
Aliás, essa soberba que alguns políticos acreanos tem em relação aos vizinhos Rondônia e Amazonas só prejudica. Os nossos parlamentares deveriam lutar é por um “pacto amazônico” pela defesa de interesses comuns aos estados da região Norte.


Consequências
Se os deputados federais e senadores do Acre estivessem unidos aos companheiros de Rondônia a ponte do Rio Madeira já teria saído. A ponte é uma obra no estado vizinho que os parlamentares rondonienses não ajudam por essa rivalidade mesquinha. Isso tem que acabar.


Dois pesos e outras medidas
Seja quem for que ocupar a vaga ao Senado do Acre deve trabalhar para integração regional junto com toda a bancada. Gastaram milhões de reais de dinheiro público com “la integración” com o Peru sem nenhum resultado prático.


Olhando para o próprio quintal
Enquanto isso, Acre, Rondônia e Amazonas, apesar de regiões fronteiriças, continuam de costas uma para outra. Isso é fruto de uma percepção errônea. A integração deveria começar dentro de casa para depois ir para o exterior.


Complexo de isolamento
O Acre esteve isolado do resto do Brasil por muitos anos. Mas agora isso já acabou. Está na hora de se deixar o orgulho de lado e buscar alternativas e parcerias com os nossos vizinhos para impulsionar economicamente o Estado.


Marina de novo?
Algumas fontes afirmam que o presidenciável Eduardo Campos (PSB) teria falecido num acidente aéreo em Santos (SP). Uma notícia muito triste que deve provocar comoção no país inteiro. Nesse caso, a possibilidade da acreana Marina Silva ser a candidata à presidência é enorme. E se isso acontecer vai com muitas possibilidades de vitória pelas circunstâncias do fato.


Não se briga com os números
Tanto a pesquisa do Ibope quanto do Instituto Delta divulgadas nesta semana mostram números parecidos para os candidatos ao Governo de oposição. Bocalom (DEM) e Márcio Bittar beiram os 20%. Com Tião Viana (PT) na faixa dos 40%.


Tendência de segundo turno
Numa das pesquisas os três adversários de oposição, incluindo, Antônio Rocha (PSOL) estão a sete pontos percentuais de Viana. E na outra três pontos. Como os indecisos são ainda grandes o segundo turno realmente poderá acontecer.


Elementos decisivos para o resultado final
Acredito, como já tenho escrito, que a campanha de rádio e televisão, os debates e o corpo a corpo é que vão definir o resultado eleitoral para o Governo do Acre. Quem trabalhar mais nos próximos dias terá chances miores de chegar a meta almejada. Daqui até o próximo dia 5 de outubro cada dia conterá a eternidade. Um acontecimento inesperado, uma frase mal interpretada, entre outras coisas, podem mudar o rumo das eleições. Se Tião Viana subir, a fatura poderá ser no primeiro turno. Se cair e os seus adversários subirem tudo só se resolverá no segundo turno. Mas tanto uma alternativa quanto a outra dependem do desempenho dos candidatos nesses dias que faltam para o pleito. Ninguém vai ganhar no “grito”. O fato é que a eleição vai acontecer e vossa excelência o eleitor é quem vai decidir quem quer para governar o Acre nos próximos quatro anos.


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