A novela entre servidores da educação e o prefeito do município de Acrelândia ganha um capítulo mais dramático: hoje (12) pela manhã os professores e servidores de apoio resolveram cruzar os braços enquanto o pagamento não cair na conta. A categoria entrou no segundo mês sem ver a cor do dinheiro. A reportagem tentou sem sucesso falar com o secretário de educação, Claudinei Rodrigues.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Acrelândia, Jorge Orlando, enquanto o pagamento não cair em conta, a categoria vai permanecer de braços cruzados.
A situação para algumas regionais é cada vez pior. No primeiro semestre do ano os alunos da Escola Integrada Altina Magalhães – a maior escola do município – ficou prejudicada por falta de combustível para o transporte escolar dos alunos. Essa segunda paralisação pode comprometer definitivamente o ano letivo.
O sindicato informou ao Ministério Público Estadual o repasse médio de R$ 589 mil que caem religiosamente na conta do município e pediu providências. Há suspeitas de que os recursos do Fundeb estejam sendo aplicados em outras fontes.
Um funcionário da educação que pediu para não ter seu nome revelado, disse a reportagem que um projeto de dotação orçamentária foi enviado para a Câmara Municipal para garantir o pagamento dos servidores.
O presidente da Câmara Municipal, vereador Claudemir Albuquerque, que é do mesmo partido do prefeito Jonas Dalles, confirmou a falta de previsão orçamentária para o pagamento dos professores.
“A Câmara aprovou essa dotação e até o meio dia está encaminhando para o executivo tomar as devidas providências”, disse Albuquerque.