O senador Jorge Viana (PT) passou a tarde de terça, 29, com o ex-presidente Lula (PT), em São Paulo. Os dois conversaram sobre política e eleições. Mas um assunto tratado por eles chama atenção: a possibilidade concreta de Lula vir ao Acre acompanhado pelo presidente da Bolívia, Evo Morales. O motivo inicial seria uma visita ao projeto de piscicultura do Governo do Estado. Mas como a viagem de Lula e Evo acontecerá durante a campanha tanto no Brasil quanto na Bolívia a visita deve ter outros desdobramentos. As eleições presidenciais bolivianas acontecem no mesmo dia que no Brasil, 5 de outubro. Lula é um dos mitos vivos criados pela “esquerda” no Continente Latino-Americano. Evo devera tirar uma “casquinha” da popularidade do ex-presidente brasileiro para entrar nos seus programas eleitorais de TV. Por outro lado, a dupla presidencial deverá vir empenhar apoio à reeleição do governador acreano Tião Viana (PT).
O fato do Acre fazer fronteira com o estado boliviano de Pando, onde Evo tem os seus maiores desafetos políticos, deve ter pesado na decisão. A visita ao Acre deverá repercutir em Pando com abordagem de questões relacionadas a integração latino americana.
Resistência exilada
O ex-governador de Pando, Dom Leopoldo Fernandes, continua preso na sua residência em La Paz. Ele é acusado pelas mortes em Porvenir durante manifestações contra Evo Morales. Mas até hoje não foi julgado caracterizando uma detenção política.
Resistência exilada 2
Além disso, o senador boliviano de oposição a Evo permanece exilado justamente no Acre. Roger Pinto Molina colocou em check a diplomacia brasileira aliada ao Governo Boliviano depois de uma fuga do seu país.
Hermanos pero no mucho
O fato é que Roger Molina é senador por Pando. Atualmente ele mora em Brasiléia no Acre. É justamente em Pando e em Santa Cruz de La Sierra os dois maiores “bolsões” oposicionistas para Evo. A visita fronteiriça deve ser para “quebrar” resistências.
Bom ou ruim?
Essa visita, se acontecer, poderá ter uma leitura “complicada” por parte dos eleitores acreanos. A proximidade com Pando fazem de Evo um político não muito popular pelas bandas do Acre. Os problemas políticos dos vizinhos são amplamente conhecidos pelos acreanos.
Palanque montado
O primeiro grande comício das eleições 2014 deverá acontecer em Cruzeiro do Sul, nos próximos dias. O prefeito Vagner Sales (PMDB), que tem a sua esposa Antônia Sales (PMDB) como vice de Márcio Bittar (PSDB), deverá ser o anfitrião.
Questão estratégica
A Aliança de oposição tem além da deputada Antônia Sales o candidato ao Senado Gladson Cameli (PP), do Juruá. O desejo é que os majoritários da coligação saiam como uma votação expressiva da região.
Questão de credibilidade
Mais uma pesquisa circulando sobre o Acre. Como a origem é o site Madeirão de Rondônia, não vou comentá-la. Mesmo porque já existem questionamentos do seu método da sondagem no TRE do Acre. Ainda espero uma pesquisa do DataFolha.
O tempo de cada um
Achei que as diferenças entre os tempos de rádio e televisão das coligações que disputam o Governo do Acre seriam maiores. A Aliança terá em torno de 8 minutos e a FPA, 6 minutos. Bocalom (DEM) terá quase 3 e Rocha do PSOL pouco menos que 2 minutos. Nada do outro mundo.
O caminho real
Ninguém espere ganhar a eleição na televisão. Mesmo porque só Rio Branco e Cruzeiro do Sul tem programação televisiva local. Nos outros municípios acreanos o que impera é a antena parabólica e as TVs de satélite.
Esqueceu por que?
A candidata a deputada federal Rose Costa (PT) levou uma “chamada” da primeira dama Marlúcia Cândida. Ela esqueceu de colocar o nome dos candidatos majoritários na sua “praguinha” de campanha. O fato me foi relatado por uma fonte que frequenta um grupo de WhatsApp do PT.
Pisada na bola
Rose deveria saber que a Lei obriga a colocar em qualquer propaganda eleitoral o nome de todos os majoritários da coligação.
Boca maldita
Segundo a minha fonte o que pegou mesmo na praguinha foi uma “boca” em destaque. Parece que o pessoal da FPA não quer saber de “boca” em nenhuma hipótese. Aliás, Bocalom é chamado de Boca por aliados e adversários.
As coisas mudam
Na sua campanha para vereadora, Rose Costa teve o apoio irrestrito de Marlúcia. Mas a atual disputa por uma vaga a deputada federal é muito mais complicada. Contar novamente com um auxílio tão importante não será fácil.
Bateu, levou
Esse é o caminho para a derrota. Os candidatos que quiserem ter um bom desempenho eleitoral deveriam ter calma durante a campanha. Um gesto, um xingamento ou uma falta de cumprimento não pode tirar um candidato do sério. Menos ainda deve provocar retaliações. O bateu/levou cria vítimas. E o eleitor adora quem é vitimizado. Quem entra na chuva é para se molhar e quem sonha com a vitória deveria estar preparado para “engolir sapos” durante a campanha. Ninguém agrada todo mundo e uma crítica deveria ser bem-vinda. É por isso que existe eleição justamente para saber quem mais agrada. O contraditório faz parte da democracia e as manifestações de descontentamentos nem sempre acontecem de maneira educada. Então bola pra frente…
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