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Mesa-redonda e a formação de jornalistas e cientistas

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Estudantes da Escola Brasileira de Jornalismo Científico (EBJC), oriundos de todas as regiões do país, participaram ontem (26), no campus da Universidade Federal do Acre (Ufac), de uma mesa-redonda sobre o tema “Formação de Jornalistas e cientistas: por uma divulgação sem fronteiras”, sob a coordenação da professora Maria das Graças Conde Caldas, dos quadros da Universidade de Campinas (Unicamp).


Durante duas horas, os professores Maurício Pimentel Homem de Bittencourt, doutor em Ciência Ambiental pela Universidade de São Paulo (USP) e dos quadros da Ufac, Joice Santos, do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), e Adriana Cohen de Lima, da Escola Brasileira de Jornalismo Científico (EBJC), discorreram sobre o assunto e responderam aos múltiplos e apaixonantes questionamentos dos presentes.


Maurício Bittencourt abriu o seu discurso citando o pensamento de autores como o filósofo francês Edgar Morin e o sociólogo português Boaventura de Sousa Santos, para explicar aos alunos a importância da convergência entre o saber acadêmico e o saber tradicional. E finalizou aconselhando-os a se debruçarem sobre disciplinas que vão além daquelas normalmente ministradas nos cursos de graduação.

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Joice Santos contou a experiência da Assessoria de Comunicação do MPEG, enfatizando as dificuldades que os jornalistas enfrentam na cobertura dos eventos científicos. “Os debates científicos na mídia, na maioria dos casos, são enviesados, tanto por despreparo dos jornalistas quanto dos cientistas para lidar com esse tipo de questão. O resultado é que o público acaba sabendo muito pouco dos assuntos”, afirmou Joice.


Já Adriana Santos, que fez a última intervenção do bloco dos debatedores, falou sobre a formação hoje dada aos estudantes enquanto graduando de jornalismo, que em muitos casos privilegia questões relativas à técnica, garantindo que a intenção da EBJC se preocupa com “o fazer” e o “pensar”. Ela finalizou dizendo que “o jornalista deve viver constantemente se atualizando, bem como repensar sempre a própria prática”.


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