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Estudo sobre fontes de emissão de fumaça na tríplice fronteiraé apresentado na SBPC

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Um estudo sobre as fontes de poluentes no Acre foi apresentado, nesta quinta-feira (24), em uma palestra proferida na 66ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Em 2012, a pesquisa quebrou o paradigma de que a maior parte a emissão de fumaça no Acre vinha do Peru e da Bolívia; e foi utilizada para instruir ação civil pública que requereu a proibição do uso do fogo no Estado do Acre.


A palestra abordou a questão da atribuição de fontes de poluentes no Acre, nos anos de 2005, 2008, 2009 e 2010, revelando que a maior incidência de poluentes no estado está associada à emissão local, com contribuição de estados vizinhos e países fronteiriços.
O evento foi prestigiado pela coordenadora de Defesa do Meio Ambiente do MPAC, procuradora de Justiça Patrícia de Amorim Rêgo.

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“Não são desastres naturais que vivemos, mas desastres humanos”, diz palestrante


“É gratificante para nossa comunidade científica gerar estudos que levam a ações rápidas como esta, que buscam melhorar problemas sociais ou ambientais, como é o caso”, afirma o pesquisador do Centro de Previsão de tempo e Estudos Climáticos do Inpe, Saulo Ribeiro de Freitas, que proferiu a palestra.


O pesquisador é categórico ao falar sobre as estimativas e atribuições das fontes de fumaça e dos impactos refletidos, sobretudo, no meio ambiente, na atmosfera e na saúde pública. “Não são desastres naturais que vivemos, mas desastres humanos”.


Países florestais


O impacto trinacional da queima de biomassa e da fumaça na Amazônia Sul-Ocidental também foi abordado, na ocasião, em uma palestra ministrada pelo professor doutor José Martinez, da UAGRM – Santa Cruz/Bolívia.


Martinez enfatizou a necessidade de implementação de uma legislação internacional preventiva e punitiva contra os responsáveis por incêndios florestais e queimadas. “A Bolívia não é um país agrícola, muito menos mineiro. É um país florestal que vem sofrendo com as queimadas”.


O estudo


O estudo do Inpe, apresentado na SBPC, foi encomendado pelo MP Estadual e apresentado em 2012 durante a realização do seminário ‘As queimadas, as emissões de fumaça e suas implicações na região transfronteiriça’, realizado em Rio Branco.


A metodologia empregada foi baseada no uso de dados observados, imagens de satélite e modelos matemáticos, e é semelhante aos métodos científicos utilizados pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) nas previsões meteorológicas.


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