Asfury quer doação de antigo prédio da PF à Defensoria

O deputado Jamyl Asfury (PEN) protocolou uma indicação, junto a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), solicitando que o antigo prédio da Polícia Federal, localizado no Centro de Rio Branco, fosse repassado à Defensoria Pública do Acre pelo governo do Acre.

“Dizem que sou inimigo dos defensores públicos e que estou contra o povo de Rio Branco. Ora, se assim fosse, eu não teria indicado que o antigo prédio da PF fosse repassado à Defensoria. Meu trabalho como parlamentar existe independente dele ser exposto na mídia”, declara.

O parlamentar questiona ainda os ataques que estaria sofrendo. “Precisamos trabalhar e construir com diálogos. Ao invés de recorrer a ofensas, a categoria deveria buscar um canal de negociação. Estamos sempre à disposição estabelecer uma linha de diálogo com todas as categorias”, diz Asfury.

Segundo o parlamentar, há uma discussão jurídica em torno da emenda que aumenta e fixa o orçamento da Defensoria Pública. “Um deputado não pode apresentar projetos que gerem despesas. Esta atribuição é do poder executivo. Os representantes dos defensores devem dialogar com o governo”, enfatiza.

Jamyl Asfury destaca que não há motivos para os atritos criados com a apresentação da emenda. Ele lembra que a Aleac também já aprovou projetos que beneficiaram a Defensoria Pública. “Quando aprovamos o aumento de R$ 3 mil em seus salários, talvez os defensores tenham se sentido representado”.

Para Jamyl Asfury, a negociação política deveria ter sido iniciada antes da apresentação da emenda. “Lamento que este tema tão importante está sendo debatido em ano eleitoral onde muitos buscam tirar proveito da situação. Esta discussão merece um debate político amplo”, afirma Asfury.

O deputado finaliza assumindo parte da culpa na questão. Jamyl Asfury ressalta que a culpa do debate ter tomado contornos de enfrentamento pode ter sido gerada pela falta de habilidade política em alguns momentos. “Não há deputado aqui que queira o mal do povo, precisamos apenas tratar o assunto com a responsabilidade necessária”.