O professor do departamento de Biologia Celular da Universidade de Brasília (UnB), Jaime Santana, apresentou o conferencista Paulo Sérgio Bernarde, do campus Floresta da Universidade Federal do Acre (Ufac), em Cruzeiro do Sul. Logo ele iniciou a palestra “Serpentes Peçonhentas e Acidentes Ofídicos no Brasil”, diante de um auditório com mais de 120 pessoas sentadas e em pé.
Esse público, composto por estudantes, professores e curiosos dos ramos da biologia, principalmente, da saúde e da química, entre outros, assistiu, com interesse, a um palestrante extrovertido que falava sobre cobras, na Sala 3 do bloco de Medicina, com início às 10h desta quarta-feira, 23.
“Qual o animal de que mais se tem medo?”, indagou Bernarde. “Logo se pensa em serpentes. Mas não é a cobra que vai até a pessoa.” Nesse sentido, o biólogo com doutorado em Zoologia pela Universidade Estadual Paulista (Unesp, em 2004) começou sua apresentação referindo-se ao misticismo que se tem em torno desses répteis. “Muito do que se diz sobre as serpentes não condiz com a realidade”, ponderou. “Somos levados a ter uma ideia ruim sobre elas, desde o Gênesis, com Adão e Eva.”
Segundo Bernarde, as estatísticas apontam que menos de 150 pessoas morrem por picada de cobra anualmente no Brasil, o que é irrisório se em comparação com os 50 mil casos de homicídios por ano. “As regiões Norte e Nordeste registram o maior número de incidências com mais letalidade”, afirmou. “O tema, então, é importante no ensino de vários cursos assim como para qualquer leigo.”
Caracterizando as cobras
Bernarde procedeu a uma exibição de fotografias com várias famílias de serpentes e passou a caracterizá-las, no que respeita a órgãos sensoriais, alimentação, atividade de caça e repouso, reprodução, dentição etc., identificando as peçonhentas. “De 380 espécies, 61 são peçonhentas”, informou.
Também se referiu aos tipos de envenenamento, de acordo com as cobras: jararaca, cascavel, surucucu pico-de-jaca e coral verdadeira. “O antídoto é aplicado conforme o tipo de veneno”, explicou. “Há três formas de fazer esse reconhecimento: por teste bioquímico, que demora três dias e, portanto, está descartado; levar a cobra morta; e, o mais utilizado, exame clínico-epidemiológico, ou seja, pelos sintomas.”
Biólogos formados pela Universidade Federal de Rondônia (Unir), Débora de Castro e Eduardo Sousa, que vieram de Porto Velho para a 66ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), consideraram a palestra muito boa. “Gosto de estudar os répteis”, disse Débora. “O palestrante é conhecido na Unir e, por isso, vim assistir à conferência; é interessante saber mais sobre os acidentes ofídicos”. Eduardo destacou a linguagem utilizada por Bernarde: “O modo como ele fala facilita o entendimento da mensagem para qualquer leigo.”
Primeiros socorros
No caso de acidente ofídico, Bernarde recomenda estes procedimentos:
Manter a vítima em repouso até chegar ao hospital e tranquilizá-la;
Não fazer torniquete do membro afetado;
Não cortar, não fazer incisão ou sucção na área picada;
Limpar apenas com água e sabão, sem utilizar outra substância;
Fazer a vítima beber muita água;
Tentar levar a serpente causadora do acidente ou fotografá-la.
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