Ao retornar a Rio Branco, depois de uma intensa agenda no Vale do Juruá, o candidato ao governo do Acre pela coligação Produzir Para Empregar, Tião Bocalom, fez uma espécie de desabafo sobre a BR 364 entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul.
“Esta obra é uma das maiores vergonhas para o povo acreano. As pontes estão na iminência de desabar, os buracos na maior parte dos trechos são um risco constante aos motoristas e a sinalização preventiva não existe. Os acostamento estão trazendo enormes transtornos aos que se aventuram numa viagem perigosa”, disse Bocalom. “Além de inacabada, a péssima qualidade dos trechos considerados concluídos nos faz refletir sobre a transparência com que tanto dinheiro foi gasto”, questionou o candidato.
Segundo o candidato, “há alguns anos os irmãos Viana, inclusive a então senadora Marina Silva, chamavam o ex-governador Orleir Cameli de ladrão porque ele estava fazendo o quilômetro de asfalto por R$ 400 mil. O ex-ministro dos Transportes, Eliseu Padilha, era chamado de Eliseu Quadrilha. Agora, essa mesma turma está pavimento o quilômetro de estrada por R$ 2 milhões”, afirmou o professor de matemática, acrescentando que “a construção da rodovia já consumiu mais de R$ 1 bilhão”.
Ao falar de irregularidades que segundo o candidato podem ser constatadas em pareceres do Tribunal de Contas da União, nas investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, ele fez uma dura acusação: “Esta – obra da BR 364 – é uma das maiores lavanderias de dinheiro do País. Se o governo petista for alvo da CPI das Obras Inacabadas, muita sujeira pode vir à tona. Ora, o Canal do Panamá, por exemplo, considerado uma das obras mais complexas do mundo, foi concluído em dez anos. Aqui no Acre, já são quase 16 anos de enrolação e desmandos e um discurso que não sai do papel, na tentativa de fazer o povo acreditar que a integração é uma realidade.
Segundo a assessoria do candidato, Bocalom incluiu no seu Plano de Governo o compromisso de concluir a BR-364, “com total transparência dos recursos executados e a executar”. Para ele, “o Estado do Amazonas tem estradas mais complexas que a BR 364. Lá, eles pagam em torno de R$ 1,5 milhão por quilômetro de rodovia.
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