Acabei de chegar do Juruá onde conversei com pessoas de Cruzeiro do Sul, Rodrigues Alves e Marechal Thaumaturgo. Fiquei impressionado com os comentários a respeito da candidatura ao Governo de Bocalom (DEM) e Henrique Afonso (PV). Parece que o fator Henrique deu um impulso novo para Bocalom na região. Ele está muito mais conhecido do que em 2010. E parece que a campanha “formiguinha” de andar de um lado para outro e fazer reuniões pequenas está dando um resultado maior que o esperado. Claro que ainda é muito cedo para qualquer prognóstico, mas que Bocalom não é mais a “galinha morta” que foi em 2010, no Juruá, é fato fácil de ser comprovado.
Verde da esperança
A entrada do PV na campanha de oposição trouxe mais qualidade e, principalmente, o fator militância. A maioria dos filiados verdes vieram da escola que formou a FPA inicial e aprenderam a fazer campanha no grito e na raça.
Fatores a considerar
Claro que o tempo de televisão da Aliança de Márcio Bittar (PSDB) e Antônia Sales (PMDB) é muito maior. Isso pode desequilibrar o jogo na corrida entre as duas coligações oposicionistas. Mas por enquanto a sensação é outra.
E tem mais
A Aliança tem 10 partidos e muito mais candidatos a deputado federal e estadual a pedir votos para Bittar. Isso se a “trairagem” comum à política não acontecer. Mesmo porque o eleitor que vota no Bocalom também não votará necessariamente no candidato a senador e nos proporcionais da mesma coligação.
Corrida é longa
Numa maratona nem sempre quem saí na frente chega em primeiro. Na eleição é a mesma coisa. Mas sinceramente pela minha avaliação de comentarista político não esperava encontrar no Juruá um movimento tão forte do Bocalom.
O fator Vagner
Mais uma situação que pode mudar o espectro de tendência de voto da oposição no Juruá é a entrada de cabeça na campanha do prefeito de Cruzeiro do Sul Vagner Sales (PMDB). Apoiando Bittar e com o pé na estrada Vagner pode transformar muita coisa.
Questões em jogo
Vagner tem a sua esposa, a deputada Antônia Sales (PMDB) de vice na chapa de Bittar. E, o filho Fagner Sales (PMDB) que concorre para deputado federal. Claro que o prefeito não ficará de braços cruzados quando a campanha esquentar.
Questão de visão
Apoiar à presidência Dilma (PT) e Temer (PMDB) é uma prova de ousadia de Vagner. Além disso, é uma questão de previdência. Vagner ainda terá mais de dois anos de gestão depois das eleições. Como chegar para Temer, caso vença a eleição, e pedir alguma coisa depois de não apoiá-lo?
Muito barulho por nada
Esse caso, que se tornou um impasse na ALEAC, de colocar 1% a mais para a Defensoria Pública no Orçamento do Estado é ridículo. O Governo deveria instruir a sua bancada a votar a favor da emenda do deputado Éber Machado (PSDC) e ponto final.
Essencial
O serviço de acesso da população à Justiça é tão importante quanto à saúde pública. Os extratos mais desfavorecidos da população não têm como pagar advogados particulares. Melhorar a qualidade de atendimento dos advogados públicos é uma questão de justiça.
Escaramuças internas
A eleição de Rodrigues Alves será interessante. Os dois principais grupos políticos do município de Dêda (PROS) e do prefeito Burica (PT) apoiam a reeleição de Tião Viana (PT). Mas a “batalha real” será pela eleição dos candidatos a estadual Maria Antônia (PROS) e Jonas Lima (PT).
Batalha renhida
Nesse caso, como o pirão de eleitores de Rodrigues Alves é pouco, cada um dos caciques vai puxar a sardinha para o seu candidato. Quem vencer fica com mais prestígio para indicar o próximo candidato que disputará a prefeitura em 2016.
Futebol é política
A indicação da CBF do ex-goleiro Gilmar para o comando técnico e do ex-jogador Dunga para técnico da Seleção Brasileira pode virar assunto no Senado. O senador acreano Jorge Viana (PT) pretende se manifestar da tribuna. Ele acha que esses dois nomes não representam a mudança que o futebol brasileiro precisa.
Puxão de orelha
O senador Jorge Viana (PT) não gostou nada do secretário e vice prefeito de Rio Branco, Márcio Batista (PC do B) não ter participado do Seminário de Educação Infantil em Rodrigues Alves. Disse publicamente que a prefeitura da Capital teria muito que aprender nesse setor com a política educacional do município do Juruá.
Votos casados
Apesar das divergências políticas entre o candidato ao Senado Gladson Cameli (PP) e o postulante a deputado federal César Messias (PSB) eles terão muitos votos casados no Juruá. São da mesma família e têm muitos amigos em comum. Se na campanha um atirar no outro poderá acertar no próprio pé.
O Pensar da fotografia
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