Depois da parada para a Copa do Mundo, competição que a maioria de nós vai tratar de botar bem rapidinho num baú de coisas esquecidas, dada a humilhação sofrida pela seleção brasileira nos dois últimos jogos, recomeça a vida nas diversas divisões do futebol nacional. Desde terça-feira passada já tem bola rolando nos mais variados quadrantes do país.
Para algumas equipes, o melhor que poderia ter acontecido seria que a Copa fosse estendida por pelo menos mais um mês. São os casos de Flamengo, Fluminense e Botafogo (todos do Rio de Janeiro). Essa espécie de “trio parada dura carioca” voltou das “férias” na peia. Tomaram um couro de, respectivamente, Atlético Paranaense, Criciúma e Sport Recife.
Com esses resultados desagradáveis, o Fluminense, que até então figurava na segunda colocação do torneio, caiu para um reles sexto lugar. O Botafogo, que poderia ter se distanciado da famigerada zona de rebaixamento, permaneceu patinando na 14ª posição. E o Flamengo, pra não dizer que eu não falei de flores, assumiu-se como dono da lanterninha.
De quem se poderia dizer que salvou a honra dos cariocas nesse retorno era do glorioso Vasco da Gama, equipe do bem querer do meu compadre José Augusto Fontes. O chamado Almirante de São Januário foi a Cuiabá e sapecou uma goleada de 4 a 1 no Santa Cruz. Mas o Vasco está na série B e, assim sendo, vencer é mais do que dever e/ou obrigação.
Bom, mas isso é briga de cachorro grande. Nem sei mesmo porque é que eu estou metendo o meu bedelho nisso. Talvez seja a mania de expor as vísceras dos outros em público. Quer dizer, só dos outros não, que eu também estou nessa, uma vez que sou Fluminense desde criancinha. Eu, o Manoel Façanha, o Alberto Casas e mais uma grande galera de bom gosto.
Noves fora esse prolegômenos aí de cima, e trazendo a conversa aqui bem pra pertinho de nós, o que eu queria mesmo dizer, já que estou falando de recomeços, é que neste domingo o futebol acreano também volta ao campo de jogo. Corrigindo: “campo” não, agora só se fala em “arena”. Campo era nos bem antigamente. O futebol acreano volta é para a arena.
E volta para a arena com uma enorme responsabilidade: a de empreender o seu retorno aos palcos da série C, de onde foi sacado em consequência direta daquela confusão feita pelo Treze, da Paraíba, em 2012. Vocês estão lembrados? Eu sei que em 2013 o Rio Branco perdeu quase todas. Mas a confusão mesmo começou antes do fracasso esportivo.
É isso, então. Neste domingo o Rio Branco inicia a sua tentativa de voltar à série C. O jogo vai ser na Arena da Floresta, às 17h. O adversário é o São Raimundo, de Roraima, do qual se tem pouca informação. É preciso que o alvirrubro acreano estreie com uma vitória. Nesse sentido, eu acho que o apoio do torcedor pode ser fundamental. Não é não, Ezequias?