Candidatos ao Governo do Acre peregrinam pelo interior

A decisão de quem vai ser o próximo governador acreano será na Capital que tem 50% do eleitorado. Mas é preciso andar muito pelo estado para completar a cesta de votos. Por isso, a largada dos principais candidatos ao Palácio Rio Branco no primeiro fim de semana oficial de campanha (na prática) acontece no interior. Márcio Bittar (PSDB) cumpre agenda entre Sena Madureira, Feijó e Tarauacá. Bocalom (DEM) também visita moradores do Vale do Juruá. Ele cumpre compromissos entre Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves. Já Tião Viana (PT) realiza reuniões para debater o seu plano de governo em Cruzeiro do Sul e Tarauacá. Antônio Rocha (PSOL) estará em Xapuri, Capixaba e Senador Guiomard. A tendência é que a campanha tome mais corpo em Rio Branco mais adiante, na reta decisiva.

Alternativo
O candidato Bocalom conversou comigo esses dias. Eu indaguei como ele pretende chegar ao segundo turno com apenas dois minutos e meio de TV e rádio. O candidato do DEM afirmou que está criando mecanismos alternativos de comunicação social. Mas não quis revelar quais. 

A hora de vender a imagem
A campanha de rádio e TV começa no dia 19 de agosto. Bittar terá em torno de 12 minutos e Viana seis enquanto Rocha pouco mais de um. É o momento em que a campanha vai se acelerar. Enquanto a mídia eletrônica não começa vale mais quem tem sola de sapato pra gastar.

Coração a mil
Conversei com o prefeito Vagner Sales (PMDB) que estava internado em São Paulo. Passou com louvor em todos os exames de saúde e garantiu que os médicos afirmaram que tem um coração de criança.

Confiança
Em relação ao filho Fagner Sales (PMDB), candidato a deputado federal, Vagner disse que confia na Justiça. Segundo ele, um erro de contabilidade que gerou uma doação de R$ 1.400 a mais não deve atrapalhar as intenções do jovem candidato.

 Plano B
Mas caso a Justiça seja implacável Vagner disse que já tem uma outra alternativa. Deverá lançar o seu motorista Pimpolho a deputado federal. O certo que terá um candidato a deputado federal para concorrer a eleição.

 Problema no PT
Conversei com o presidente do PT Ermício Sena sobre o caso de Sibá Machado (PT) candidato a federal que também está inelegível. Sena garantiu que em 2010 Sibá concorreu com o mesmo problema e que os seus advogados devem conseguir a liberação da sua candidatura em 2014.

Fogo amigo
Só se for para voto de legenda. Mas tem uma ala interna do PT que deve estar torcendo para que Sibá fique fora do jogo. Depois que “peitou” os cardeais do partido no PED, Sibá, se tornou para alguns petistas “persona não grata”.

Se articulando
O vereador Raimundo Vaz (PRP) está no Sudeste conseguindo apoio partidário para a sua campanha a deputado federal. Quem pensa que Vaz está buscando votos só na Capital se engana. Em breve vai peregrinar pelo interior.

 Prioridade
Uma fonte do PC do B me revelou que o partido vai centrar fogo mais pesado na eleição ao Senado de Perpétua Almeida (PC do B) e de Moisés Diniz (PC do B) para federal. Os candidatos a estadual estarão em segundo plano.

Família unida
Quando se trata de Senado todos os Camelis estão com Gladson (PP). A mobilização da família é visível. Mas se tratando de governo será difícil manter a coesão de uma família tão grande em torno de um único candidato.

Substituto
Quem pode surpreender na eleição para ficar com a vaga de Gladson na Câmara Federal é o jovem Neto Ribeiro (PP). O rapaz está em movimento desde o início do ano correndo atrás do seu sonho. Estrutura de campanha não deverá faltar.

O natural
Na minha avaliação, o favorito para substituir Gladson seria o ex-vereador da Capital, Alysson Bestene (PP). Mas nas voltas que a política dá, Alysson desistiu de ser candidato. Resolveu continuar com a sua clientela de dentista e as aulas na UNINORTE.

Encantado
Parece que o prefeito de Epitaciolândia André Assem (PSDB) também não vai apoiar um federal dentro do seu partido. Chegaram rumores que Assem ajudará na reeleição de Antônia Lúcia (PSC).

Liberados
O grupo que apoiaria Mâncio Cordeiro (PT) para federal fala em apoio a Angelim(PT). Mas na prática, cada um vai escolher por conta própria o seu federal dentro da FPA. Tem gente até que vota em federal da oposição.

A falta do novo
Conversava com um velho cacique da política do Acre que me disse algo interessante. Na avaliação dele o desejo de mudança da população poderia ser saciado com um nome diferente. Alguém que nem fosse da política. Um técnico com um discurso novo e planos consequentes para realizar as transformações esperadas. Como isso não aconteceu, segundo ele, assistiremos o reply de outras eleições com políticos profissionais. Mesmo sem o elemento “novidade” acredito que a eleição do Acre só será definida na campanha. Se o desejo de mudança se alinhar com a credibilidade poderemos ter surpresas. Mas se isso não acontecer o the end desse filme já será conhecido.