Trabalhadores de empresa terceirizada cruzam os braços em Acrelândia

O prefeito do município de Acrelândia, Jonas Dalles, vive um inferno astral. Depois de professores fazerem panelaço em frente à sede da prefeitura na última sexta-feira (11), hoje pela manhã, os operadores dos serviços de limpeza e jardinagem, cruzaram os braços. Cerca de 50 servidores estão um mês e meio sem ver a cor do dinheiro. O dono da empresa terceirizada, identificado como Peixoto, negou a manifestação.

Peixoto disparou ligações nas primeiras horas da manhã pedindo ajuda aos vereadores que fazem oposição ao prefeito. Segundo o vereador Ariston Jardim (DEM), o dono da terceirizada afirmou ter mais de R$ 280 mil para receber.

“Ele me ligou hoje cedo pedindo ajuda”, disse Ariston.

O prefeito Jonas se encontra durante a manhã despachando na garagem da Secretaria de Obras, tentando conversar com os trabalhadores e desmobilizar o movimento grevista. Um dos trabalhadores afirmou para a reportagem que essa não é a primeira vez que o município deixa de pagar os salários.

“Já chegamos a ficar dois meses sem receber”, disse o trabalhador que temendo represálias, pediu para não ter seu nome revelado.

O proprietário da empresa, identificado por Peixoto, não está no município. Por telefone, ele negou que os trabalhadores tenham cruzado os braços e que o município tenha alguma parcela em atraso.

Para o vereador Ariston, isso coloca mais mistério no processo, “se o prefeito pagou a empresa, quem ficou com o dinheiro dos servidores? Não foi isso que o Peixoto me disse por telefone”, comentou Ariston.

Desde a última sexta-feira que a reportagem tenta falar com o prefeito Jonas Dalles. Ele amanheceu do dia para a noite com a cabeça raspada e tem se negado a revelar o propósito feito envolvendo o pastor da Igreja Assembleia de Deus Madureira, Roberto Coutinho. Há informações de que o apelo ao divino, tenha sido por causa da situação complicada que o chefe do executivo passa à frente do município.

Hoje pela manhã mais uma vez Jonas Dalles não atendeu as chamadas originadas ao seu telefone. O secretário de obras também não foi encontrado para falar sobre o assunto.