A final da Copa do Mundo entre Alemanha e Argentina confrontará no Maracanã, domingo, duas visões distintas do futebol. A alemã, baseada no trabalho planejado de longo prazo, na divisão harmônica de tarefas, na manutenção de uma filosofia que não navega ao simples sabor dos resultados. A argentina, tradicionalista, calcada na paixão, na garra e no talento individual que brota das calles e da capacidade de um gênio chamado Lionel Messi.
São dois mundos também separados por um abismo financeiro. A Bundesliga é hoje o campeonato nacional que mais cresce no mundo. Nenhum bom jogador precisa sair do país para ganhar fama e fortuna. Sua média de público é a melhor da Europa. O Campeonato Argentino patina na falta de dinheiro, no êxodo de craques e na violência dos barrabravas.
A Alemanha, depois da goleada alienígena que impôs ao Brasil, entra em campo com o favoritismo ao seu lado. A Argentina é a zebra. Você não verá Alejandro Sabella abrindo seu time como irresponsavelmente fez Scolari no Mineirão. Ele sabe de seus limites e das virtudes do adversário. A Argentina jogará fechadinha. A defesa, antes tão criticada, faz uma Copa muito boa. Na semifinal, a Holanda de Van Persie e Robben quase não conseguiu criar. À frente da zaga, está um Mascherano que se agiganta a cada jogo. Sabella deve trancar-se atrás como fez contra os holandeses, jogando por uma bola de Messi. Se ela não vier, que se decida nos pênaltis. Continue lendo
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