Que esta seja uma campanha de paz e boas propostas

Agora está valendo. A campanha está autorizada e já começou. Quero pedir a permissão aos meus leitores para fazer uma reflexão sobre os rumos e o sentido de uma eleição, na minha opinião. Considero a política uma ferramenta importante para as transformações sociais. Mas sabemos que infelizmente nem todos escolhem esse caminho por desejarem ajudar aos seus semelhantes. Interesses e ambições pessoais as vezes sobrepõe ao verdadeiro propósito de se tornar um representante popular. Os aspectos mais obscuros acabam, nesse período eleitoral, ficando mais destacados. Os ataques e contra ataques entre candidatos e coligações e a troca improdutiva de insultos que não acrescentam nada ao desenvolvimento social de um povo. Mas a fuga do propósito verdadeiro da política deve ser lembrado para quem quer fazer uma campanha diferenciada. E a maneira mais positiva de isso acontecer é ouvindo a população e criando projetos que representem soluções para as aflições cotidianas das pessoas e comunidades. Apresentar planos é muito mais importante do que atacar adversários. Que seja uma campanha propositiva e pacífica em que as ideias estejam em primeiro plano em relação às armas que destroem reputações.

O exemplo de Gandhi
Sempre tive o Mahatma Gandhi como um espelho para entender a política. Isso porque mesmo sem ter disparado um tiro, sem ter manipulado ninguém Gandhi conseguiu libertar a Índia, um país de 600 milhões de habitantes do poderoso Império Britânico, nos anos 40.

A política Divina
Nos anos 90 editei um livro de artigos que Gandhi escrevia nos jornais da Índia com propostas para a libertação política e econômica do seu povo. Vou reproduzir alguns trechos do prefácio que escrevi sobre a publicação que faz exatamente essa reflexão sobre os verdadeiros propósitos da política, inspirado em Gandhi.

Trechos
Nenhuma mudança pode acontecer realmente limitando-se apenas ao campo político. Sem haver uma transformação interior dos homens que compõe as sociedades nenhum sistema político será eficiente. Os hindus chamam de dharma, a conduta correta que inspira o individuo a agir de acordo com uma vontade superior. Um homem que age guiado pelo dharma se torna incorruptível colocando sempre o interesse da coletividade à frente dos pessoais. É sempre em função do egoísmo de uns poucos privilegiados que se tem perpetrado guerras de extermínios motivadas pelo poder econômico, político e religioso. Gandhi revelou à humanidade o conhecimento do dharma. Por isso libertou a Índia não apenas no sentido político, mas incentivou o seu povo a retomar tradições culturais e espirituais que estavam sendo abandonadas por imposição do colonialismo inglês.

Nunca tinha visto tantos jornalistas candidatos
Nem só de sindicalistas e empresários se faz a política. Nesta eleição teremos vários profissionais de rádio, TV e imprensa escrita participando do pleito. Alguns mais conhecidos, outros menos, mas têm candidaturas para todos os gostos.

Escrevendo o futuro
Para deputado federal só tenho conhecimento de Allan Rick (PRB). Mas para estadual a lista é enorme de profissionais da mídia. Eliane Sinhasique (PMDB), Paulinho Amorim (PV), Washington Aquino (PC do B), Edvaldo Souza (PSDC), Victor Augusto Bombonzão (PSB), Jota Guimarães (PT), Salomão Matos (PP), Astério Moreira (PEN) entre outros.

Ser da mídia ajuda?
Na prática na eleição geral passada no Acre apenas dois jornalistas se elegeram, Edvaldo e Astério. Mas não tinham tantos jornalistas candidatos. Para vereadora da Capital elegeu-se Sinhasique, em 2012. O resultado eleitoral de 2014 vai dar uma noção se participar da mídia ajuda para engendrar numa carreira política ou não.

Refazendo a sorte
O deputado federal Flaviano Melo (PMDB) e a sua equipe de gabinete têm dado uma força para o prefeito de Brasiléia, Everaldo Gomes (PMDB). Aquele desastre que aparentava ser a sua gestão já está tomando outra direção. Parece que Everaldo está conseguindo mudar o rumo das coisas e terá chance de reeleição.

Caiu no colo
A inauguração da UPA da Baixada teve como um dos principais protagonistas o deputado estadual Ney Amorim (PT) que concorre à reeleição. O fato da sua família ter ajudado a construir a história dessa região de Rio Branco fez com que seu nome fosse muito lembrado nos discursos. Um verdadeiro presente numa horas dessas.

Refazendo a história
O senador Jorge Viana (PT) parece ter conquistado nesses “quase” quatros anos de Congresso Dilma (PT) e a sua turma. A recente liberação de R$ 70 milhões a fundo perdido demonstram uma mudança de atitude da presidente com o Acre.

Não à toa
A transformação da relação é tão real que Jorge será um dos coordenadores da campanha presidencial do PT no Norte do Brasil. Seja qual for o resultado das eleições presidenciais e estaduais esse tipo de ponte sempre ajuda.

Muita gente quer
Alguns estão estranhando a eleição do Acre sempre muito polarizada ter quatro candidatos ao Governo. No Amazonas serão sete candidatos e mais seis em Rondônia. Claro que nos dois estados vizinhos tudo indica que apenas quatro são os que têm mais chances. Mas é melhor não brincar com as urnas.

Quase a hora da verdade, falta muito pouco
Só faltam mais duas rodadas para a Copa do Mundo terminar. Semifinais e finais. Depois a Copa será apenas uma lembrança. As atenções do país se voltarão para as eleições. Então qualquer vacilo dos candidatos poderá ser fatal. Ainda mais agora que além da mídia tradicional temos as redes sociais com enorme influencia sobre os formadores de opinião. Apesar do TSE ter liberado a campanha desde segunda, dia 6, o “bicho vai pegar mesmo” a partir da próxima segunda, dia 14. Com ressaca de comemoração ou de tristeza da Copa os brasileiros começarão a pensar no futuro e naquilo que é melhor para o país e os estados.