A vitória que garantiu a classificação da Alemanha para a semifinal, por 1 x 0 contra a França, dividiu a casa da advogada Mirian Kesia, em Rio Branco. No jogo de hoje contra o Brasil, a torcida, a decoração e os pratos do almoço têm cores e sabores dos dois países. A forte influência alemã na casa é do avô, seu Osvaldo Labs, que passa uma temporada no Acre matando saudades da família.
Os traços da colonização alemã estão por toda parte, dividem netos e até bisnetos. Entretanto, independente do país preferido por cada um, eles não deixam faltar cuca (pão doce alemão) e o tradicional churrasco gaúcho, além é claro, de muita alegria e histórias.
Seu Osvaldo veio para o Brasil fugido da Segunda Guerra Mundial, desembarcou em Santos e morou muito tempo em Colônia Alemã mantendo todas as tradições do país de origem.
“Até os 13 anos ele só falava Alemão e frequentava a Igreja Luterana”, comentou Késia.
Aos poucos o avô foi modificando hábitos, mas nunca a ponto de abandonar todas as tradições. Nos dias de jogos da Alemanha, o boné com cores da seleção é uma espécie de amuleto que seu Osvaldo usa para dar sorte. Seu Osvaldo Labs arriscou até um placar: 1 x 0 para a Alemanha.
“Que os deuses não lhe ouça”, disse a advogada Mirian Késia que torce por uma vitória brasileira.
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