Quem pensa que os principais adversários das lideranças da FPA são os candidatos majoritários da oposição está enganado. Alguns postulantes do parlamento estadual e federal desagradam muito mais e representam um perigo muito maior para a coligação governista do que os próprios cabeças de chapas. Claro que isso parte da “certeza” de alguns de que a eleição já está resolvida e que o Acre terá mais quatro anos de Governo da FPA. O quê na minha avaliação é um erro porque a eleição está longe de estar decidida. Qualquer tendência de vitória ou derrota só poderá ser captada depois de pelo menos dois meses de campanha. Antes disso qualquer prognóstico é prematuro. Assim pelas redes sociais e alguns jornais tenho visto o fogo cerrado contra a candidatura do Major Rocha (PSDB). Parece que o pessoal não aprendeu mesmo. Em alguns casos quanto mais se ataca mais se fortalece o adversário.
Briga no quartel
A origem dessa nova escaramuça interna entre militares são os desentendimentos entre o Coronel Deodato (PPS) e o Major Rocha. Os dois disputam espaços eleitorais entre os PMs porque são candidatos a deputado federal. E desejam a liderança política da tropa.
Pomo da discórdia
A Associação dos Militares Acreanos é o pivô da disputa. Aliados do Coronel e do Major querem eleger os seus candidatos como gestores da entidade que funciona como uma espécie de sindicato dos militares. A eleição será nos próximos dias.
O estranho no ninho
Quem ouvir os discursos do candidato a vice-governador Henrique Afonso (PV) e de Eduardo Jorge (PV) que disputa a presidência irá se perguntar quem é o estranho no ninho dos verdes. Nunca tinha visto posições tão diametralmente opostas dentro do mesmo partido.
Liberdade geral
O líder maior dos verdes, Eduardo Jorge, escreveu o seguinte nas redes sociais: “No caso da liberdade de orientação sexual, o PV apoia o direito ao casamento de pessoas do mesmo sexo, de adoção de crianças por casais do mesmo sexo e quer que haja a criminalização da homofobia como já acontece com o racismo.”
Problemas futuros
Essa linha de campanha do PV nacional poderá trazer algumas dores de cabeça ao evangélico Henrique Afonso. Setores internos dos verdes ligados aos movimentos LGBTs já defendem o enquadramento do político acreano. Os mais radicais pensam até em cassar a sua legenda para a disputa das eleições de 2014.
Não dá mesmo para entender
O primeiro mandato do deputado federal Henrique Afonso foi excelente. Conseguiu conquistas importantes para o Acre como a Universidade da Floresta no Juruá. Mas pouco a pouco foi radicalizando na sua postura cristã evangélica.
Chapa Café com Leite
O senador mineiro Aécio Neves (PSDB) terá como companheiro de chapa na disputa presidencial o senador paulista Aloysio Nunes Ferreira (PSDB). Uma reedição da antiga política dos anos 30 do café com leite. São Paulo era o maior produtor brasileiro de Café e Minas de leite. Os dois estados se alternaram no poder central do Brasil por alguns anos.
Erro fatal
Na minha avaliação Aécio não ter escolhido um vice do Nordeste, onde o “lulismo” predomina, pode ser um erro. A chapa dos tucanos carece de representatividade para os setores mais pobres da população brasileira.
Outras opções existiam
O PT tem se apoiado nos movimentos sociais para manter-se no poder. Na turma do Aécio o Paulinho da Força Sindical (Solidariedade) poderia ser uma conexão com os sindicatos e os movimentos sociais. Mas preferiram outro caminho.
Volta do favoritismo
Acho que com esse quadro eleitoral a tendência é a presidente Dilma (PT) voltar a crescer nas pesquisas. A história eleitoral recente do Brasil já mostrou que apesar dos estados do centro sul serem mais poderosos economicamente a conquista do Norte e do Nordeste é fundamental para a vitória.
Contra os Ratos
O candidato a deputado estadual jornalista Salomão Matos (PP) deverá ser uma atração nessas eleições. O Saróca, como é conhecido pelos amigos, já criou polêmica com o slogan da sua campanha. “Contra os ratos, Salomão Matos”.
Lembranças da Cidade de Deus
Já foram fechadas pelo menos duas bocas de fumo na Cidade do Povo. Não faz nem um mês que as casas foram entregues aos seus moradores e os problemas sociais já apareceram. Claro que são casos isolados e a maioria dos moradores são trabalhadores. Mas se não houver uma ação efetiva a coisa pode degringolar.
PRP: muito barulho por nada
Não acredito que o PRP vá romper com a FPA e nem lançar candidato ao Senado. Conversei hoje com o candidato a deputado federal, o vereador Raimundo Vaz (PRP) e já está “quase” certo que o partido entrará mesmo no chapão da FPA para a disputa das vagas à Câmara Federal. Irá com chapa própria para estadual. Vaz me garantiu ainda que o PRP além de lançar Carlos Beirute ao Senado teria até mesmo nomes para concorrerem ao Governo. Mas acho que a turma do “deixa disso” e os acertos de última hora poderão tirar o ímpeto de independência do partido.
