Com o início oficial do período de vazante dos rios, os produtores rurais do Amazonas começam a calcular os prejuízos causados à produção pela cheia deste ano.
Até o início da semana foram computadas perdas de R$ 215,45 milhões com culturas como banana e mandioca entre as mais afetadas. O volume superou em 65,74%, os danos acumulados em 2012, ano em que o Rio Negro registrou cheia recorde de 29,78 metros.
O levantamento divulgado pelo Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam) apontou que deste montante, R$ 11,43 milhões foram referentes a financiamentos feitos pelos trabalhadores rurais que não puderam ser honrados em função das perdas na produção. Até o momento 10.106 famílias foram afetadas.
Estragos
Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas (Faea), Muni Lourenço, embora o nível de água este ano tenha sido inferior ao registrado em 2012, os “estragos” foram maiores. “Os municípios banhados pelo Rio Madeira sofreram muito e a água alcançou áreas produtivas maiores frente ao que ocorreu em 2012. Por esse motivo as perdas foram superiores”, avaliou.
Segundo ele, os números deste ano foram preocupantes. Para Lourenço, o cenário fica ainda mais grave quando considerada a etapa de recuperação dos produtores. Ele ressaltou que mesmo com a anistia das dívidas pela Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam) e com a linha emergencial de crédito concedida pelo governo do Estado, ainda faltam recursos aos trabalhadores do interior.
Os produtores seguem aguardando apoio do governo federal. “Apenas as dívidas adquiridas junto a Afeam foram perdoadas, mas eles ainda aguardam concessão de linhas emergências de crédito e renegociação no âmbito federal, a exemplo do que foi feito em 2012, quando os prejuízos foram, inclusive, inferiores”, observou.
Danos
Ao todo 37 municípios já contabilizaram as perdas, sendo Manicoré e Humaitá, localizados na calha do Rio Madeira, os mais afetados pela enchente. O primeiro perdeu R$ 83,87 milhões em produção atingindo 2.427 famílias enquanto o segundo perdeu R$ 15,68 milhões com 2.103 famílias afetadas. Doze municípios ainda calculam os danos.
Até o momento, a banana foi a cultura mais prejudicada com perda de 85,76 mil toneladas e de R$ 85,76 milhões. Já a farinha de mandioca amargou perdas de 13,25 mil toneladas.
Auxílio para para o 2º semestre
Após calcular as perdas, os trabalhadores precisam se preparar para o início do trabalho logo após os rios voltem a secar. O titular da Secretaria de Produção Rural do Estado do Amazonas, Valdenor Cardoso, lembrou que ainda existem etapas a serem superadas. “O próximo desafio, com a vazante, será falta de pastagem para o gado do produtor rural. Mesmo que não sejam de corte, eles auxiliam na subsistência das famílias do interior”, salientou.
Para auxiliar o produtor nesta fase de readequação, o secretário conta que já começaram a ser distribuídas sementes de milho, feijão e arroz, nas áreas afetadas e que ações de distribuição de farelo de soja para o gado já estão em estudo. “Também está em formatação um programa de assistência técnica permanente e crédito programado ao trabalhador rural, evitando situações de emergência que se repetem todos os anos”, afirmou.
Ainda segundo o secretário, o governo federal já deu os primeiros passos para auxiliar o produtor. “As parcelas dos débitos desse ano já foram suspensas. É um início”.
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