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Copa mostra maturidade política dos brasileiros

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Não aconteceu nada do que era esperado. As manifestações políticas foram muito pequenas e apesar das obras de infraestrutura da Copa nas cidades sedes não terem sido completadas não houve grande reclamações. Quase que a totalidade dos brasileiros de todas as tendências políticas e partidárias estão torcendo para a Seleção Brasileira. Os jogos têm sido empolgantes e a Copa do Mundo no Brasil já pode ser considerada um sucesso. Agora, o melhor disso tudo é que a organização do evento e aquilo que acontece nos gramados não está tendo nenhuma ligação direta com as perspectivas eleitorais de 2014. Ninguém está mudando seu voto para A ou B por conta da Copa. O brasileiro aprendeu definitivamente separar uma coisa da outra. Portanto, o sucesso ou o fracasso da Seleção Brasileira ou da organização não irão interferir diretamente nas eleições do Brasil. Prova da maturidade política de uma população que parece estar se acostumando com a democracia.


Sobre números e tendências
A pesquisa Delta/AC24horas revelou números que ainda são prematuros para que se possa destacar algum favoritismo eleitoral no Acre. O governador Tião Viana (PT) estar na frente é natural. Mas ainda é muito cedo para dizer se vai ganhar ou perder a eleição para o Governo. A campanha que começa em julho será decisiva para a sorte dos três candidatos que concorrem ao Palácio Rio Branco.


Disputa na oposição
A oposição terá que ter um bom desempenho durante a campanha para garantir o segundo turno. Pelos números revelados na pesquisa, Tião Viana (PT) ganharia no primeiro turno. Se os candidatos Márcio Bittar (PSDB) e Bocalom (DEM) se atacarem entre eles, Tião Viana vai disparar na frente.


Tinha razão
A tese de uma oposição unida para ter mais chances de vitória provou ser real. Com dois candidatos oposicionistas a luta será pelo segundo turno. Ainda assim se um deles disparar na frente e o outro tiver um desempenho pífio, as chances de vitória de Tião Viana no primeiro turno aumentam e muito.


Longo caminho
Outras eleições que acompanhei provam que a reta final é decisiva. Bom programa eleitoral, participação positiva em debates e organização de campanha facilitam a vitória. Em Goiás, em 1998, Marcondes Pirillo (PSDB) era o terceiro colocado até há uma semana da eleição. Foi para o segundo turno contra todos os prognósticos e se tornou governador.


Senado, um capítulo a parte
Os números da disputa ao Senado mostraram pela pesquisa estar descolados da corrida governamental. O empate técnico entre Gladson Cameli (PP) e Perpétua Almeida (PC do B), por enquanto, revelam uma eleição diferente.


O voto específico
Nem todos que votarão em Tião Viana escolherão Perpétua. E nem todos que votam nos candidatos de oposição escolherão Gladson. A eleição para o Senado vai acontecer paralelamente. E sem favoritismos para nenhum dos lados.


Fogo cerrado
Alguns assessores e simpatizantes da candidata comunista têm “baixado o pau” em Gladson Cameli pelas redes sociais. Isso denota que tanto a pesquisa Delta/AC24horas quanto sondagens internas revelam a polarização da disputa.


Candidatos “marcados”
Pelo os mais recentes acontecimentos políticos tem dois candidatos a deputado que incomodam o comando da FPA. Major Rocha (PSDB) para deputado federal e Eliane Sinhasique (PMDB) para estadual. Eles não vão ter tempo fácil.


Coisas da terra do abacaxi
Uma parte do PT de Tarauacá não quer apoiar Perpétua. O articulador político do PT, Carioca, já andou por lá tentando mudar as coisas. O jovem prefeito Rodrigo Damasceno (PT) tem boas relações com Gladson, mas Carioca é o seu guru. Esperemos…


De olho na vaga
A suplente de vereadora Lene Petecão (PSD) vai cair dentro da campanha de Eliane Sinhasique. Ela poderá ser a substituta de Eliane na Câmara Municipal de Rio Branco. Para federal Lene ainda não declarou para quem vai trabalhar.


Dúvida
O natural seria Lene Petecão apoiar Mafisa Galvão (PSD), esposa do senador Petecão (PSD), para federal. Mas acontece que na eleição de 2012, Mafisa apoiou para vereador o anão Montana Jackie (PSD). E a lei do retorno poderá vigorar.


Mordeu a isca
O candidato à reeleição Jonas Lima (PT) comemorava nesta terça, dia 24, na ALEAC o lançamento da pré-candidatura do vereador de Cruzeiro do Sul Jota Marronzinho (PT) a deputado federal. Inocente não sabe de nada.


Sem rumo
O fato é que o grupo da família Lima que teria Mâncio Cordeiro (PT) como candidato a federal se “embananou” com a mudança de quadro. Agora, vão apoiar um candidato forjado pela inteligência política do articulador Carioca, desafeto da família. Ainda que a notícia chegue que foi Tião Viana quem sugeriu a candidatura.


Competente
Podem gostar dele ou não, mas é inegável a capacidade de articulação de Carioca. Mesmo sem nunca ter tido nenhum voto na vida, Carioca dá as cartas quando chega o período eleitoral. Joga a isca e os “tolos” mordem com facilidade.


Não entendo
Parece que não há grandes esforços e preocupações por parte da cúpula do PT com a eleição do ex-prefeito Angelim (PT) para federal. Uma figura democrática que não se envolve com as tendências internas do partido. Se não acordar o cachimbo cai.


Quem mais perde
Para o vice-governador César Messias (PSB) essa candidatura no apagar das luzes de Marronzinho também não é um bom negócio. Será mais um da FPA a buscar os votos no Juruá. Parece que o pessoal do PT se esqueceu dos oito anos de lealdade de Messias.


Questão de credibilidade
O Instituto Mineiro Vox Populis divulgou uma pesquisa eleitoral no Acre nesta terça,24. Vale lembrar que no ano passado o Instituto tinha um contrato de mais de hum milhão de reais com o Governo do Acre para avaliar as suas ações. Só para a reflexão dos leitores: alguém já viu as grandes redes de televisões nacionais mais recentemente publicarem pesquisas do Vox Populis? O IBOPE e o DATAFOLHA predominam nesse mercado no Brasil. Os números evidentemente são muito diferentes daqueles publicados no domingo pelo AC24horas. Esperem pela gritaria da oposição. Mas de qualquer maneira ainda é muito cedo para que as pesquisas reflitam a tendência de voto do Estado. Isso só vai poder ser dimensionado depois de pelo menos um mês de campanha. Por enquanto, os nomes mais conhecidos levam vantagem.


 


 


 


 


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