O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, determinou, nesta segunda-feira, 16, aos secretários que receberam ingressos da Copa do Mundo da FIFA Brasil™ pela Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), que devolvam aos cofres públicos os valores correspondentes aos ingressos recebidos. “Fizemos uma reunião e ficou decidido que todos os secretários vão devolver o valor aos cofres públicos. Não devemos ocupar o Ministério Público com coisas pequenas”, disse o prefeito.
A compra dos ingressos, no valor de R$ 139,4 mil, estava dentro do orçamento da promoção turística da Manauscult. No total, 544 ingressos foram adquiridos junto à FIFA, por intermédio da dotação orçamentária nº 23.695.1016.4015.000-339039-0100000. Inicialmente, a compra para os jogos das quatro partidas realizadas em Manaus fazia pare de um projeto para promoção turística (Fan Tour) e jornalística (Fan Press), a exemplo do que ocorre em diversos outros eventos realizados nas principais cidades do mundo.
Os ingressos só foram entregues no dia 11 de junho, véspera do início da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014™ e a três dias do primeiro jogo na cidade, marcado para o dia 14 de junho, o que impossibilitou a viabilização do projeto, levando em conta ainda a indisponibilidade de vagas na rede hoteleiras e até mesmo a dificuldades de voos para a cidade, diante da grande demanda de turistas para Manaus.
Por conta disso, o diretor-presidente da Manauscult, Bernardo Monteiro de Paula, optou por destinar os ingressos a autoridades que contribuíram para a realização da Copa.
“O Bernardo Monteiro de Paula, que é muito competente, agiu com boa intenção, mas foi um pecadilho da administração. Fizemos uma reunião e foi decidido que o dinheiro dos ingressos vai ser ressarcido, como manda o manual do tratamento da coisa pública. Os ingressos que foram destinados aos vereadores também terão recursos ressarcidos pela administração municipal”, disse o prefeito.
Arthur disse ainda que o Poder Público Municipal não vai tomar o tempo do Ministério Público com besteiras. “A gente tem que deixar o MP livre para poder investigar coisas mais sérias, mais graves como o superfaturamento na Ponte Rio Negro e na Arena da Amazônia, por exemplo”, finalizou.