Uma reportagem da TV Acre suscitou uma grande polêmica nas redes sociais. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente teria questionado a tradicional fogueira de São João do Alto Santo, local de origem da doutrina espiritualista amazônica do Santo Daime. Segundo as informações postadas nas redes a fogueira estaria sendo feita com árvores da APA Irineu Serra, nome do fundador do Santo Daime e poderia causar poluição e devastação na região da Capital (sic). Parece que todas essas insinuações têm origem em pessoas que exercem as suas funções pagas com dinheiro público sem o menor conhecimento de cultura popular e antropologia. Não existe nada do Acre mais conhecido internacionalmente do que o Santo Daime, uma religião da floresta e que tem a floresta como fonte de inspiração espiritual! Além disso, é a floresta que fornece o sacramento do Daime! Portanto, impossível que essa comunidade do Alto Santo desrespeite os princípios básicos de preservação da floresta! Me parece que nesse caso tem alguém querendo aparecer e mostrar que tem “poder”. Mas eu posso afirmar que quem tem mesmo poder é Deus!
Fogueira das vaidades 2
Ambientalistas de ar condicionado
As lei ambientais são contraditórias porque são formuladas por burocratas de gabinetes. Vou dar um exemplo. O mogno que tem um ciclo de vida de 20 anos tem a sua exploração proibida. Já o cedro que pode viver mais de 200 anos pode ser explorado comercialmente. Absurdo total!
Sofrimento
Muitos “ecologistas” criticam as duas usinas hidroelétricas que estão sendo construídas em Rondônia para melhorar o fornecimento de energia na Região Norte. Mas esses mesmos “ecologistas” quando se hospedam num hotel de Rio Branco e falta energia vão logo reclamar com o gerente por conta do ar condicionado.
Mais do mesmo
O deputado Luis Tchê (PDT), presidente do PDT acreano, deverá permanecer mesmo na FPA. A realidade é que Tchê terá dificuldades para se eleger deputado federal seja com os governistas ou oposicionistas. Não se identifica completamente nem com um lado e nem com o outro. Só com ele mesmo.
Jogo duplo
Algumas lideranças da oposição acham que num eventual segundo turno para o Governo, Tchê certamente estaria ao lado de Tião Viana (PT). Mas acontece que nas hostes da FPA tem gente que pensa assim também, ou seja, que Tchê apoiaria a oposição.
Voto a voto
A disputa pela vaga acreana do Senado será vencida no detalhe. Entre os pré-candidatos Gladson Cameli (PP) e Perpetua Almeida (PC do B) não existe favoritismo. A campanha é que vai determinar quem ganha a fatura.
Desvinculado
Pelo que tenho visto os votos para o Senado não estão vinculados aos candidatos ao Governo. Tem gente que vota num e outro de acordo com as suas preferências pessoais. Nem todo eleitor do Gladson é oposicionista e nem todo da Perpétua é governista.
Questão de lógica
Não acredito que os outros dois ou três candidatos ao Senado que possam aparecer irão mudar esse quadro de polarização entre Gladson e Perpétua. Quando começar o horário eleitoral gratuito aí que vão desaparecer mesmo.
Nem tostão e nem milhão
Perpétua terá o apoio e a estrutura dos governos estadual e federal. Portanto, terá uma campanha bem estruturada com recursos para o embate eleitoral. O mesmo acontece com Gladson com os recursos da família. Não tem coitadinho nessa história.
Força da juventude
Pelo menos três candidatos a deputado federal poderão representar a renovação da política acreana. Fagner Sales (PMDB), Léo Brito (PT) e Neto Ribeiro (PP) são de famílias de políticos que fazem parte da história do Estado.
Fortes concorrentes
Eu não descartaria a possibilidade da eleição de nenhum dos três. Eles têm estrutura partidária e recursos para “tocarem” as suas campanhas. Também têm sonhos e discursos renovadores independente das suas origens familiares.
Ainda líder
O ex-deputado Mazinho Serafim (PMDB) conseguiu reunir os principais candidatos majoritários da Aliança para assistir o jogo do Brasil contra o México em Sena Madureira. Além disso, vários outros concorrentes a estadual e federal foram torcer junto com Mazinho.
Vaias da discórdia
O debate sobre as vaias dirigidas a presidente Dilma Rousseff (PT) no primeiro jogo da Copa em São Paulo ainda continuam. O PT preferiu entrar pelo viés da vitimização da presidente que sempre funciona. Já a oposição mais radical usa as vaias como sintoma claro de descontentamento da população com os rumos do país. Mas poucos se lembram que quando o ex-presidente Lula (PT) abriu os Jogos Pan Americanos, em 2007, foi vaiado também. Depois conseguiu eleger sua sucessora. O fato é que o país está dividido. Aqueles que são a favor de Dilma do PT e o que são contra. O Brasil não conseguiu ainda criar uma liderança política como a África do Sul, por exemplo. Nelson Mandela quando abriu a Copa de 2010 em Joannesburgo foi aplaudido de pé.