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Com gols no início e no fim, EUA vencem a seleção de Gana

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Os Estados Unidos fizeram o gol mais rápido da Copa do Mundo nesta segunda-feira, e quase se prejudicaram com isso. Após balançar as redes com Dempsey, aos 28 segundos de jogo, a equipe norte-americana recuou, cedeu o empate e só foi garantir a vitória por 2 a 1 sobre Gana aos 41 minutos do segundo tempo, em jogo válido pelo grupo F.


O sucesso na estreia acaba com uma freguesia dos EUA. O país perdeu por 2 a 1 para o time africano nos dois últimos Mundiais – pela fase de grupos em 2006 e na prorrogação das oitavas de final em 2010. A vingança ocorreu em Natal nesta noite pelo mesmo placar.


Resultado que foi fruto do sucesso do rápido início de jogo norte-americano, culminando no belo gol de Dempsey. Gana, então, pressionou e alcançou o empate em outra bonita jogada, na qual Gyan ajeitou de calcanhar para André Ayew marcar já aos 37 minutos da etapa final. Quatro minutos depois, porém, Brooks, que só entrou no intervalo, aproveitou cobrança de escanteio para garantir três pontos com uma cabeçada firme.

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Com três pontos, os EUA realizam confronto decisivo em Manaus, às 18 horas (de Brasília) de domingo contra Portugal – se vencerem, os norte-americanos já eliminam os lusitanos e encaminham vaga nas oitavas de final. Já Gana precisa surpreender a Alemanha às 16 horas de sábado, em Fortaleza, para ter boas chances de seguir no Mundial.


EUA


O jogo – Os Estados Unidos foram perfeitos em sua estratégia de acelerar o ritmo para sair na frente do placar. Antes mesmo que o posicionamento dos jogadores estivesse realmente definido, os norte-americanos balançaram as redes. Dempsey só precisou de 28 segundos para abrir o marcador.


Principal armador do time, o meia recebeu a bola em cobrança de lateral de Beasley e logo devolveu para o colega, que rolou para Jones. Em rápida troca de passes, o jogador tocou para Dempsey entrar na área em velocidade, passar por Boye e, na frente do goleiro Kwarasey, bater no canto esquerdo antes da chegada de três marcadores.


O técnico Jurge Klinsmann vibrava com o cumprimento com completa eficiência de sua estratégia. Durante dez minutos, os EUA mantiveram o ritmo atacando com cinco ou seis jogadores e acuando os africanos que, assustados, tinham sete atletas da intermediária para trás, sem entender como deixar de ser encurralado.


Até que o trio da frente resolveu se impor na raça para dificultar a saída de bola norte-americana e acabaram estimulando os colegas, que adiantaram a marcação e fecharam os espaços que os rivais tinham para transitar no meio-campo, bloqueando a ligeira troca de passes que levava perigo.


Quando Gana conseguiu respirar, equilibrou o confronto e passou a explorar a velocidade, principalmente, de Gyan como opção. A torcida presente na Arena das Dunas fez questão de incentivar o último país africano eliminado na última Copa do Mundo. Do outro lado, porém, os comandados de Klinsmann conseguiam chegar pelas laterais para levar perigo.


A administração do jogo como o técnico alemão desejava, porém, sofreu um baque em sua estratégia. O atacante Altidore, responsável por alternar posições e que dava trabalho à pouco confiável zaga ganesa, sentiu lesão muscular e precisou ser substituído por Johansson, aos 24 minutos. Sem a mesma movimentação com qualidade na frente, os EUA perderam a tranquilidade que tinham.


Gana percebeu a quebra de confiança dos rivais e se impôs, abusando da velocidade pelas pontas. Assim, Muntari quase fez Besler marcar gol contra e Atsu chegou de trás finalizando rente ao travessão de Howard, que precisou se esticar para evitar que Gyan empatasse. As três jogadas ocorreram entre os 27 e os 32 minutos, mostrando a blitz africana em Natal.


Os norte-americanos ainda sofreram outro baque quando Boye acertou o pé no nariz de Dempsey durante disputa pelo alto e só não tirou o principal jogador adversário de campo porque algodões contiveram o sangramento. Mas os ganeses não estavam dispostos a tirar o pé para buscar o empate, como mostrou Muntari ao trocar coices com Jones nos acréscimos do primeiro tempo.


No intervalo, Klinsmann teve que mexer em sua defesa porque Besler também se machucou, sendo trocado por Brooks. E Gana nem deu tempo para que o novato se ajustasse no esquema. Os africanos se tornaram presente frequente no campo adversário, tocando a bola com a rapidez que desejavam e impondo forte ritmo para somar ponto no Rio Grande do Norte.


Entre os 10 e os 13 minutos do segundo tempo, Muntari bateu rente à trave e Gyan, em duas cabeçadas, colocou a bola próxima ao travessão e, depois, parou em Howard. Sentindo que poderia crescer, o técnico de Gana resolveu colocar em campo Kevin-Prince Boateng, levantando a torcida que estava a favor dos africanos, feliz por ver um dos mais conhecidos atletas do time em campo.

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Gana ganhou movimentação e continuou levando perigo para Howard. Os EUA, com Dempsey longe da bola desde que machucou o nariz, tinha aparições cada vez mais raras no ataque e Klinsmann, então, ordenou a todos que ficassem atrás do meio-campo para garantir os três pontos.


Os africanos, no entanto, tinham confiança para superar a quebra de confiança norte-americana. Aos 37, isso ficou claro na ajeitada de calcanhar de Gyan, dentro da área, para André Ayew bater com três dedos, impondo efeito na bola que a tirou do alcance de Howard.


Os EUA, contudo, têm a eficiência como arma. Assim, em uma rara aparição no ataque, definiu a vitória em cobrança de escanteio na qual Brooks, que só entrou em campo porque Besler se machucou, completou com cabeçada certeira, tornando todo o esforço africano inútil na busca por algum ponto em Natal nesta noite.


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