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O desmatamento no debate eleitoral no Brasil

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Ray Melo, da editoria de política do ac24horas

É recorrente a tormenta da conspiração intelectual coletiva contra a consciência e ciência ambiental ideal da cidadania antenada com a realidade tangível ao bem comum no Acre.


Conspiração adesista a desequilibrado pilar cognitivo erguido por ecomaníacos de plantão, e tão deletéria à Nação.


No Acre é preciso guerrear os terríveis sofismas e contorcionismos intelectuais “politicamente corretos”, nacionais, mais internacionais, e tão irracionais!


Nocivos proclamas desgraçadamente, ainda no presente, alardeados pela quase unanimidade dos políticos acreanos de todas as “tendências”…


Seria, a mola mestra da modernidade a política “evolutiva” de vedação radical ao desmatamento: o tal desenvolvimento (in)sustentável…


Desmatamento sustentável, razoável, se pressupor a preliminar de convivência harmônica com a preservação da floresta – o que não é utopia.


Não há devastação se preservado o bioma às atuais e futuras gerações. Ponto!


É pacífico a bem aventurança da conversão da vegetação nativa, florestal, etc., em vegetação ativa, artificial. Há cenários pitorescos em agro-ambiente sadio; basta coibir e minimizar as poluições em geral, especialmente, nas águas etc.


É construir – jamais destruir – converter florestas em mais campos, pastagens e/ou lavouras, de tantos matizes multifacetados, em benefício da gente acreana!


Nada é mais gratificante ao escritor do que extravasar o sentimento das pessoas.


Emblematicamente é junho, mês do meio-ambiente – precisa ser cuidado diariamente. Tempo de refletir e aperfeiçoar políticas públicas ambientais, com a participação direta e democrática da população responsável!


No final de semana, o contato da Aliança com a população do Vale do Alto, em Assis Brasil, Brasiléia e Epitaçolândia; e nesta cidade tradicional festa do campo.


Os candidatos a cargos majoritários ao Senado da República pelo PP, o dep. federal, Gladson Cameli e ao governo do Acre, pelo PSDB, o dep. federal, Márcio Bittar, acompanhados de lideranças expressivas, como o senador da República, Sérgio Petecão (PSD/AC) percorreram a região, parte maior santuário ecológico.


A Aliança reúne diversos outros partidos políticos como o PMDB – o partido do Brasil! – e é composta de onze legendas coligadas.


O candidato ao Senado, consignou aos eleitores da região – excelente ao agronegócio! – que 4/5 da acanhada área desmatada é utilizada pela pecuária e 1/5 pela agricultura; e da necessidade incrementar esta sem “destruir” mais florestas, ou seja, é substituir áreas de pastos por lavouras de grãos, etc.


E que é preciso ajudar os produtores rurais…


Os produtores rurais, a bem da verdade, muito mais que ajuda, precisam mesmo de menos atrapalho – a exemplo, do atraso inominável da limitação de área ao plantio de soja, da proibição do plantio de transgênicos, à pulverização aérea, ao uso de determinados agentes químicos, etc.


Sem muito maior volume de produção jamais haverá a sonhada agroindústria!


Um Bom Fim para o Brasil II (ac24horas, 05.06.14), consigna: (…) Nas eleições de 2010 o debate entre o senador Tião Viana (PT/AC) e o ex-tucano, Tião Bocalon (DEM/AC), secretário de Agricultura, gov. Jorge Viana (1999/2002), entusiasta da agricultura. Aquele questionava este a soja no Acre. Defasado o preço da commodity a desdenhava e sugeria cultivares mais lucrativas como a seringueira e o paricá – ambos contra o desmatamento, ou seja, leitor, a expansão da fronteira agrícola: a floresta santificada…


O governador, agora, fala da soja precoce. E a “novidade” nem tão nova assim. Ela e a tradicional, ótimas proteínas vegetais, tardam prosperar no Acre. (…)


A leguminosa, a depender do volume de chuvas, após madura não resiste muitos dias para ser colhida. A variedade tradicional e a precoce podem ser cultivadas no Acre, com margem de segurança e êxito, se introduzidas em solos enxutos; ou seja, bem drenados, nos quais o lençol freático é profundo.


Nossos políticos fazem coro ao desatino ambiental coletivo. É o mais do mesmo. A mesmice de que a conversão de parte menor da floresta no Acre em plantação teria sido “destruição”: seria preciso reflorestar o que foi “devastado”? (sic).


Assim, talvez seja melhor nem mudar de governo: há década e meia da floresta… Ou seja, desde o final do século passado, então, há século, obviamente, atrasado!


A FPA não aderiu ao senador petista mais antenado com “Chico Mendes de gravata”, mentor do atrasado (des)governo da floresta, da virtual cidadania na floresta, a “florestania”. Mas, real tirania da floresta…


A indicação do nome de procurador do Ministério Público Estadual-MPE – tempo atrás à frente o MPE sem a altivez da independência (braço armado do vianismo, a perseguir opositores do regime) – a 1.o suplente do candidato da Aliança, ao Senado da República, felizmente, foi descartada. Ninguém melhor do que o senador Petecão para fazer a comunicação!


Vitorioso o senador da Aliança, se eleito governador do Acre e reeleito “Chico Mendes de gravata, nas eleições de 2018, este além de seu mandato teria a sua disposição, um outro “genérico”. De novo, seria bi-senador da República…


A 39.a Expoacre. O debate ambiental no Brasil I (*)
Escrito a ter continuidade, após a 39a Expoacre entre 21/29 de julho (28, dia do agricultor!). O evento, iniciado em 1973 no memorável governo Dantas (1971/1974), tem tido crescente apelo popular neste meio século de emancipação política do Acre. Ano passado, artigo, O Brasil na 38a Expoacre (ORB). Dada sua atualidade, ora -é repetido. Errata: A Expoacre iniciou-se em 1972.


O Brasil na 38a Expoacre


A 38a Expoacre é a mais badalada festa da gente acreana, em todos os tempos. A que mais brilha nesses meados de ano, e de “verão”, no primeiro ano da segunda década de novos século e milênio, nesse promissor rincão do Brasil. Atração à parte a tão festejada cavalgada. Ao amanhecer de sexta-feira, 22, chegou “friagem”. Pouco intensa; ao meio da tarde, já desanuviava. Sábado, 23, dia fresco (vento sul) e de sol.


A alegria é tanta que é aguardada e comentada o tempo e o ano todo. A farra é dez ou filé – diz a moçada. À “friagem” seca e intensa a folia é agradável. Como de costume, foi um colosso de comitivas sociais, de animais, e tudo o mais, ao som da música sertaneja.


De longe, é o evento mais popular do Acre: é diversão no auge! Ano passado, na 37a Expoacre a caudalosa caravana fluía; e sorria – mesmo sob sol a pino. Na Via Chico Mendes não há sombreamento. No asfalto quente a canícula inclemente judia ainda mais dos animais e da gente.


Palmeiras imperais e outras que tais; árvores exóticas, silvestres, dentre as quais as tradicionais e, logo, sentimentais: seringueira e castanheira; por igual, não são apropriadas ao sombreamento. As espécies frondosas, as mais adequadas.


A Floresta – Flora e Fauna – é fonte, e não meio de vida. Urge preservar, cuidar da Biodiversidade, valorizar os conhecimentos das populações tradicionais, sem jamais olvidar de priorizar o núcleo dessa mesma fantástica diversidade: o Homem!


Mas, agora…, constaria que a floresta filtraria gases estufa que destroem a camada de ozônio, de modo a elevar a temperatura do planeta e o nível dos oceanos: um desastre ecológico anunciado!


Em outras palavras: a selva, mata virgem; enfim a vegetação nativa combateria o aquecimento global, de consequências catastróficas ao Meio-Ambiente.


As perguntas movem o mundo…


A preservação da vegetação nativa nacional, qual seja, a silvestre, ou campestre em geral, conviria ao Brasil na medida em que gera crédito de carbono? Filtro ou sequestro de gases estufa esse se potencializa através do reflorestamento e/ou da silvicultura? E a produção em larga escala de crédito de carbono? Um conjunto arbóreo em fase de crescimento, de maturação, filtra ou sequestra mais gases estufa que outros maduros, a exemplo da floresta primária (nativa)? Qual o perfil arbóreo ideal ao sequestro de gases estufa? O cultivo de variedades silvestres e/ou exóticas é mais evoluído que a produção/extração (extrativismo) do produto nativo (e primitivo)? Capim/cana, etc. filtram?


Instigante o debate. O atual governo sugere, além da seringueira, o cultivo do ótimo paricá. Há outras excelentes opções silvestres amazônicas. Uma delas, o mulateiro. Inova frente ao eucalipto. Não se resume ao aprumo deste. Ao corte, brota; tal qual banana e cana.


Acresce. Tem âmago. É madeira nobre. De lei! Tal as exóticas eucalipto e pinus é reto. Correto…


A retidão/correção tão relevante ao caráter do Homem é ótima característica à madeira!


De modo a preservar e cuidar do Meio-Ambiente urge incentivar a produção agropecuária no Acre. Mais que induzir o desenvolvimento econômico-social regional é eloquente e gritante evolução democrática!


O setor madeireiro, notadamente o de reflorestamento, produção, industrialização, comercialização e prestação de serviços; enfim, o agronegócio de papel/celulose é um gigante no agronegócio nacional.


A cada ano a Expoacre mais se difunde e se diversifica. A agropecuária é um dos atores importantes ao lado de parceiros nem sempre afins da indústria, comércio, prestação de serviços; vieses multifacetados da sociedade civil organizada não só estadual, regional, e até de países vizinhos.


Nesse vasto cenário o ator principal e, com a chave do cofre, não é o econômico-social, mas político-estatal, via agentes públicos, à frente o governo do momento – ora de década e meia (haveria uma “Escola de Governo” …(sic)). Rio Branco e municípios vizinhos merecem um palco mais sertanejo, onde os protagonistas sejam os trabalhadores e produtores rurais – cavaleiros e boiadeiros! – ; os expositores da vasta cadeia produtiva da agropecuária local, regional, nacional e internacional.


Esses atores rurais – a agroindústria, o agro-comércio, agro-serviço; enfim o agronegócio, em conjunto – com o apoio da sociedade civil e dos governos, hão de viabilizar aquela que um dia será a 1a Exposição Agropecuária de Rio Branco. E outras hão de vir nas demais regiões do Acre.


O homem do campo acreano há de se conscientizar de seu valor. Apear da timidez e montar a altivez. Tarda a sua vez!


O debate ambiental no Brasil I


Renomados cientistas concluíram a absoluta impropriedade de propaladas e alarmantes hecatombes em face as causas e efeitos do aquecimento global; e, que, sob pena de sequelas ao Planeta, não há mais tempo para adiamentos dos atuais e insustentáveis padrões de produção e consumo da Humanidade – muito embora dados das Nações Unidas atestem progressivo aumento da população mundial e, óbvio, da demanda de comida…


A Rio + 20: Conferência das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável (crescer, incluir, proteger), centrada na “economia verde”, reuniu expressivo número de chefes de Estado e Governo; ausentes os titulares de Inglaterra, Alemanha e EUA, três das maiores potências econômicas poluidoras do globo terrestre.


Quanto à redução de gases estufa, e crédito de carbono ou, em outras palavras, a fatura ambiental global, adiou-se a fixação de metas em dois anos.


O encontro mundial, de modo emblemático, deu-se no momento da comemoração de meio século da emancipação política do Acre.


Onde, nos idos de 15 de junho de 1962 imperava o marasmo econômico, haja vista a letárgica agonia da reedição do ciclo da borracha na II Guerra Mundial. Em meados da década a abertura da BR-364, Porto Velho-Rio Branco, e a integração rodoviária do novo estado ao Brasil.


Rubens Ricupero, diplomata de carreira (autor do livro “O Acre – Momento Decisivo de Rio Branco”, ainda sem editora), convidado pelo nobre prefeito de Rio Branco, a atividades da Escola de Gestão do município, em recente visita à Capital, foi entrevistado pelo repórter, Itaan Arruda (A GAZETA (10.06.12)).


O ex-ministro dos governos Sarney e Itamar, durante década, secretário geral da Unctad (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento), salientou o Tratado de Petrópolis, a mais importante obra diplomática de José Maria da Silva Paranhos, o glorioso Barão do Rio Branco, ministro do presidente, Rodrigues Alves.


O brilhante intelectual, lecionou de circunstâncias assaz peculiares como a questão da fronteira com a Bolívia, a única em que o Brasil não reclamava sua soberania; o povoamento do Acre por brasileiros; o arrendamento de terras bolivianas ao Bolivian Sindicate (reunião de investidores interessados no látex regional), o que arregimenta o inconformismo dos países vizinhos contra o imperialismo americano na região e fortalece a posição do Brasil, que passa a negociar; as ameaças do presidente da Bolívia, general José Manoel Pando, de adiantar tropas; e o consequente reforço militar do Brasil na região – o que precipita os acontecimentos e faz o Barão declarar o território litigioso!


O deslinde da questão do Acre refunda a política externa do Brasil. No Império, período conflituoso, com intervenções no Uruguai, Argentina e Paraguai. A República rompia essa tradição e passaria cultivar o que os Positivistas definiam: A Fraternidade das Pátrias Americanas. A Questão do Acre, ameaçava essa fraternidade.


O Acre, “talvez o estado brasileiro mais internacionalizado, e na área da Cultura ou economia, vai ter a vocação de desenvolver os laços com a costa do Pacífico”.


Acesso em 05 (cinco) anos… Mais que um sonho, promessa do memorável governo Dantas (1971/1974); o titular, Brasil afora, no marketing do Acre: Um Paraná, sem geadas!


Em empate ao progresso, contra essa evolução político-social-econômico-cultural tão ansiada pela sociedade e à vista no horizonte, a iniciativa de Dantas é órfã nos governos Mesquita (1975/1978) e Macedo (1979/1982), que apoiariam os infelizes “empates” de derrubada e seus reflexos difusos.


Os “paulistas” seriam “forasteiros”; opressores de seringueiros… (e os seringalistas não teriam sido?)


Seringalistas e seringueiros, senhores e possuidores de terras, pioneiros produtores rurais da região; e muitos outros cidadãos brasileiros, acrianos ou não, de outras regiões do Brasil, profissionais liberais, membros de poder, empresários, industriais, comerciantes, prestadores de serviço; enfim, patrões, empregados, autônomos, etc., abraçariam o Trabalho no Campo.


A Gente torna-se boiadeira e/ou fazendeira; o ruralismo a nova identidade do povo acreano e os “empates” peça de museu.


Em avanço do retrocesso para o Acre, com reflexos nocivos ao desenvolvimento da Amazônia, em meados dos anos 80, a onda de fatídico e inefável ambientalismo, provavelmente a “longa manus” alienígena e impatriótica do grande capital d’além mares, ligado ao agronegócio internacional, devastaria até a esperança de bravos cidadãos empreendedores neste promissor chão do Brasil. Artigo, O verdadeiro injustiçado (ORB, 31.05.11) (*) -repercutiu, disse-o o editor.


Injustiçado o governo Dantas! É acusado – a exemplo de, pelo atual governador (PT), em debate na TV com seu opositor (PSDB) nas eleições de 2010 – de “importar” “paulistas” para cargos relevantes da administração estadual.


O governo Dantas e outros eram mais parcimoniosos com o erário que a tragédia do vianismo não só em projetos de construção de pontes sobre o Rio Acre. Na Capital, a de alvenaria e a metálica; no interior, outra desta, entre Epitaçolância-Brasiléia. Obras de arte antigas. Pontes indestrutíveis!


Bem, caro leitor, o debate não versa de obras de “arte” na última década, e não só sobre o Rio Acre. Pontes destrutíveis.


E nem de eleições fraudadas…


Mas, no final dos anos 80, o fatídico assassínio de Chico Mendes por um “fazendeiro” faz a efervescente questão ambiental internacional entrar em ebulição no Brasil. O Acre a vitrine.


É criada a imensa Reserva Extrativista Chico Mendes, no vale do Rio Acre, terras com o perfil de excelência à plantação e criação; e, assim, destarte, em flagrante atentado aos mais legítimos anseios da população. Então, inimaginável o abate de árvores e a comercialização de suas madeiras. Mais de década depois, a falta de demanda no mercado global à tamanha produção florestal arbórea mundial (folhas, cascas, raízes, óleos, etc.) fomentaria a introdução do manejo florestal sustentável, com a recepção do “sacrifício” seletivo de paus.


Na Eco-92 o eco do desenvolvimento sustentável com desmatamento zero…


Desenvolvimento insustentável e incongruente ao satanizar a conversão de terras sob florestas à plantação e criação (mesmo em agro-ambiente sadio (sic)).


Em 1998, em propaganda eleitoral enganosa e populista o PT/FPA impingiam à nobre e milenar pecuária extensiva (precursora da agricultura moderna e, portanto, da agroindústria (fonte de renda e empregos)), a pecha de causar o inchaço da miséria na periferia de Rio Branco.


Na campanha estrondosamente vitoriosa, o slogan: a vida vai melhorar! No programa de governo, o extrativismo citado 33 vezes, a agropecuária nenhuma.


Ao assumir o governo, em 1999, em poluição intelectual, o fetiche: Acre, governo da floresta…


Veda-se ao INCRA a reforma agrária à expansão da fronteira agropecuária amazônida, se em terras sob florestas, até de domínio público – o que, ainda subsiste.


A reserva legal (inexistente no resto do mundo) ampliada no pífio domínio privado da Amazônia (1/5) de brutais 50% para insanos 80%. Este, o mesmo percentual do opressor domínio público na região e no Acre. No estado quase 90% em florestas (sic).


O Acre, há tempão, é santuário ecológico internacional: um Bolivian Sindicate de seu tempo…


Desatinos?


Guru ambiental do governo do intelectual e sociólogo FHC (1995/2002), ex-senadora (PT/AC), da cozinha antropóloga do Planalto. Junto ao ex-governador do Acre (1999/2006), os Chicos Mendes de saia e gravata de seu tempo.


Este senador (PT/AC), em dobradinha com seu colega Luiz Henrique (PMDB/SC) relator do Código Florestal. E membro da Comissão Mista do Congresso Nacional que, aos 12 de julho dos galopantes 2012, aprovou relatório do último que altera a Medida Provisória-MP 571, em face vetos do Executivo ao Código Florestal, especialmente, quanto à recomposição pelos ruralistas de Áreas de Preservação Permanente-APP’s.


As discussões prometem e serão retomadas após o recesso parlamentar. Segundo o senador acreano, de modo falacioso, intolerante e antidemocrático, os parlamentares que discordam das teses que defende querem destruir a legislação ambiental brasileira…


O ex-presidente FHC definia-o “o bom menino”.


Em prol a ética na política, o autor apoiou sua eleição pelo PT à governança da Prefeitura de Rio Branco (1993/1996), como ainda o candidato do PT não eleito à sua sucessão. Era convencido de que se tratasse muito mais que um bom menino…


A ex-ministra do MMA no triste governo Lula (2003/2010), junto a Palocci, entrou pela frente e saiu pelos fundos do Palácio do Planalto (o último repetiu o feito no governo Dilma). Nas últimas eleições gerais sua candidatura à Presidência da República, pelo PV, foi derrotada não só no Acre, mas, em toda a Amazônia. Por que?


Década e meia de vianismo e a vida não melhora, piora. Pouca produção e quase nenhuma industrialização. Calamidades não faltam. A pobreza e o desemprego inflam o caos social.


É pacífico que a silvicultura e/ou o reflorestamento, são mais ativos e produtivos que o manejo florestal (in)sustentável.


A lição, antiga, dada pelos ingleses, remonta século e meio à Malásia, mercê o cultivo de seringais, com sementes de seringueiras nativas do Brasil. Floresta é semente!


Manejar floresta é tão atrasado quanto seria, hoje, por hipótese, não explorar os seringais de cultivo, só nativos.


Na extração de látex, nos seringais nativos, e de madeira, no manejo florestal, a produção e/ou renda é no menos e, o tempo, no mais… Uma panaceia!


Panaceias abundam no Acre. Década atrás, na comemoração do centenário do Tratado de Petrópolis no JN da Globo, pé de abacaxi rente ao chão, evidentemente cultivado em área desmatada, é “apresentado” como produto florestal por se derivar da bromélia, nativa na floresta. Pode?


No tempo da Rio + 20, no mesmo noticiário (JN) a cena de produtor rural meio encantado na floresta do Pará com a elevada renda obtida na negociação de castanha do Pará, no mercado, a R$3,00 (três reais) o kg (50% do preço da @ do boi gordo).


O preço desse alimento de excelência vem se mantendo alto em face demanda elástica e oferta inelástica no mercado – oriunda de castanhais nativos da floresta. Se cultivados castanhais – assim como seringais, copaibais, açaizais e outros produtos florestais que tais – a oferta supera a demanda e o preço baixa. Ou não?


O cultivo de vegetais é adensado, ao contrário dos nativos na floresta. Em consequência, no mesmo pedaço de chão, a lavoura produz muito mais que o extrativismo. Dispensam-se outros comentários…


Algas marinhas sequestram gases estufa? Mais ou menos que as florestas? Florestas secundárias sequestram esses gases? Mais ou menos que as primárias? E os vegetais em geral?


Quanto ao combate ao aquecimento global: que países mais emitem gases estufa e os sequestram?


A plantação que substitui a floresta também é verde. E tal conversão pode e deve aposentar o uso de fogo – tecnologia milenar e barata cujos efeitos da fumaça e fuligem, além de danosos ao meio-ambiente, prejudicam a saúde pública.


O governo do Acre, na Rio + 20, teceu loas à “modernidade” do manejo florestal sustentável. Seu stand no Espaço Amazônia, com o tema “Floresta Habitada, Produtiva e Conservada”; os eixos centrados na economia verde, inclusão social, erradicação da pobreza e o desenvolvimento (in)sustentável; são apresentados vídeos e fotos da indústria verde acreana e distribuídos preservativos com látex de seringais nativos – o artefato feito com látex nativo acreano teria poderes afrodisíacos?


O Acre atual é mais virtual que real. A realidade sugere, além de preservar parte da floresta – em defesa da vida, do bioma e futuro das próximas gerações – o plantio de capim e/ou gramíneas ao pastoreio de gado, o cultivo de lavouras de grãos, mesmo a “exorcizada” soja – ótimo alimento humano, cuja ração animal é apropriada também na psicultura (a menina dos olhos do atual governo) – e outros, cana-de-açúcar, frutíferas, etc., etc.


E o cultivo de paus de todos os gostos e matizes. Sejam silvestres regionais como seringueira, castanheira, paricá – ou “parido” lá… -, como silvestres de outras plagas ou as exóticas pinus, eucalipto, etc.


Sugere-se a variedade silvestre regional mulateiro. Madeira de lei, linheiro tal o eucalipto, floresce no espigão e na várzea, e como a cana-de-açúcar e banana rebrota ao corte/abate.


No Acre, o clima, assemelhado a uma estufa, é previsível e exuberante – e há terras boas. E a verticalização dos campos não impede a sua horizontalização.


A fértil experiência de tantos brasileiros no labor campestre na Amazônia, principalmente, no Acre, tem sido escamoteada ao Brasil. É uma pena à Nação!


A “política” de preservação radical da floresta no Acre gera o cenário sombrio de desobediência civil e êxodo de cidadãos e investimentos a outros estados da Federação e países limítrofes como a Bolívia. Tem cabimento? (continua).


*Ildefonso de Sousa Menezes, produtor rural, 64; há 41 anos radicado no Acre. É Advogado do Brasil (filiado ao PMBD, desde 2001).


 


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