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Mais de 2 mil alunos fora da sala de aula na capital

Por
Jairo Carioca

Uma obra para reformar a Escola Berta Vieira, no São Francisco, em Rio Branco, está atrasada há três meses. Os pais de alunos reclamam da demora na conclusão do projeto, orçado em R$ 1,7 milhões e afirmam que os filhos estão com o ano letivo prejudicado. Labibiano Maia, que tem uma filha de cinco anos fora da sala de aula, promete mobilizar a comunidade em frente o Gabinete do governador, caso, nenhuma providência seja tomada.


“Este ano só fizemos matricular os nossos filhos e aula que é bom até hoje não teve um dia letivo”, reclama o pai.



A construção é de responsabilidade da Construtora 3 Irmãos. O encarregado pela obra, que não quis se identificar, afirma que os repasses estão atrasados e que não existe nenhuma garantia da entrega do prédio até o mês de julho.


Com poucos trabalhadores reformando o prédio, os serviços estão lentos e no local de alunos, as salas de aulas estão vazias. Corredores, cantina, banheiros e até a quadra esportiva se transformaram em depósitos de entulhos e dos móveis da escola. A diretora não atendeu ao telefone celular.


O caso não é exclusividade da comunidade do São Francisco. No Segundo Distrito de Rio Branco, uma das mais tradicionais escolas, Maria Angelica de Castro, vai completar praticamente um ano que vem sendo reformada.


O vereador Rabelo Góes (PSDB) denunciou na tribuna da Câmara Municipal, que vários pais de alunos, com medo da violência, se recusaram em matricular os filhos em escolas da Cidade Nova. “Essas crianças estão fora da sala de aula, perdendo praticamente o ano letivo e ninguém aparece para dizer nenhuma explicação”, denunciou o vereador.


Com poucos funcionários trabalhando, o atraso no andamento das obras é visível e o assunto é o mesmo: falta de repasses para a construtora Souza Almeida. Os proprietários temendo represálias preferiram não gravar entrevista.


O OUTRO LADO:


Segundo a secretária de estado de educação (SEE), não existe motivo para o atraso nas obras porque apenas uma parte pequena dos recursos que deveriam ser liberados pelo BNDES, não foram repassados as empresas.


“Acreditamos que muito em breve o dinheiro seja liberado. Deixando claro, que o montante maior para a reforma já foi liberado e repassado para as empresas. A pequena falta que ainda não é motivo para paralisação das obras ou atrasos” respondeu a assessoria de imprensa.


Estranhamente, a assessoria informou que o ano letivo na Escola Berta Vieira está previsto para começar dia 16 de junho, uma segunda-feira. “Isso mostra o tamanho do comprometimento desse pessoal com a educação, não tem cuidado nem em verificar o andamento das obras. Só se acontecer um milagre as aulas começam dia 16”, contestou o senhor Labibiano.


A SEE confirmou que os alunos do Ensino Fundamental estão fora da sala de aula. Mas explicou que os alunos do EJA e Poronga foram remanejados para outras escolas na região. E garantiu ainda que “tão logo iniciem as aulas, todos os esforços serão empreendidos para que os 200 dias letivos sejam cumpridos, sem prejuízo para os alunos”.


Com relação a informação do vereador Rabelo Góes, sobre os alunos da Escola Maria Angélica de Castro, a SEE diz que não procede e que os alunos do Segundo Distrito, estão estudando na Escola Luiza Batista, localizada próximo a antiga Rodoviária.


“Esta escola foi a primeira escola que conseguimos espaços para os alunos estudarem” acrescenta a nota.


Seis escolas encontram-se em reformas em todo o Estado. Um investimento de R$ 7,9 milhões. A SEE nega que tenha faltado planejamento. A cheia do Rio Madeira é citada como desculpa para os serviços estarem atrasados.


“A SEE sempre se empenhou em conseguir espaços para a transferência dos nossos alunos. As que deram problema geralmente são por falta de locais apropriados próximos as escolas. Em outras situações, os locais que encontramos não estão com a documentação em dia para que seja feito o aluguel do imóvel”, concluiu.



 


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Jairo Carioca

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