Para o ex-governador do Acre, Binho Marques (PT), houve uma inversão de valores num processo de investigação do Ministério Público Estadual (MPE) que detectou irregularidades e “possíveis desvios” de recursos nos procedimentos do TFD – Tratamento Fora de Domicílio. Binho garante que foram os ex-secretários de saúde Osvaldo Leal e Sérgio Roberto (sub) e a diretora de planejamento Lucimara Barbim que fizeram as denúncias em novembro de 2010. Para Binho colocar como réus aqueles que denunciaram o “esquema” no processo é um erro. O ex-governador também questiona afirmações de que as irregularidades foram detectadas no processo de transição do seu governo para o de Tião Viana (PT). “Isso já havia sido revelado pela minha equipe de Saúde às autoridades,” revelou. Ele confirmou, ainda, que os três ex-gestores citados pelo MPE eram e continuam sendo pessoas da sua confiança.
A versão de Sérgio Roberto
O ex-sub secretário de saúde, Sérgio Roberto, esclareceu que no processo do MPE ele, Osvaldo Leal e Lucimara foram acusados de “negligência” por não terem detectado os esquemas de desvio de dinheiro mais cedo. “Não fomos condenados pelo ato de corrupção. Mesmo porque o MPE indica a responsabilidade de cada um, mas quem condena ou absolve é a Justiça. Ainda assim vamos provar na Justiça que fizemos tudo que estava ao nosso alcance para evitar o desvio de recursos através dos procedimentos do TFD,” disse ele.
O esquema
Sérgio Roberto, conta como foi descoberta a “sangria” de dinheiro. “Em novembro de 2010, nós estávamos fazendo um balanço da Secretaria de Saúde e detectamos gastos fora do padrão com aluguéis de aviões para o TFD. Tinham viagens que foram feitas sem a autorização das pessoas que poderiam demandar despesas. Descobrimos que tinham sido autorizadas pelo Alex. Convoquei uma reunião com todos os envolvidos perante a testemunhas. Levei o caso ao então governador Binho Marques e movemos uma ação através da Procuradoria do Estado. Conseguimos trazer de volta aos cofres do Estado todos os recursos que foram utilizados ilegalmente. Portanto, não fomos omissos e denunciamos todo o esquema. Tanto que no processo somos responsabilizados apenas como gestores que poderiam ter evitado o ocorrido e não como corruptos,” afirmou.
As ponderações do colunista
Apesar de estar em viagem resolvendo questões familiares resolvi abrir este espaço para que a opinião pública do Acre tivesse uma versão dos acusados. Entendo que tanto a imprensa como a Justiça e a própria democracia devem respeitar o contraditório. Todos os acusados devem ter amplo direito à defesa. Portanto, quem vai condenar ou inocentar é a Justiça diante dos fatos. O MPE cumpre a sua missão de investigar, a imprensa de divulgar todas as versões e a Justiça de julgar. Sem esse procedimento o Estado de Direito fica seriamente ameaçado.
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