A democracia associada à diplomacia poderá fazer um Acre mais republicano

Achei interessante a homenagem que a Câmara de Vereadores de Cruzeiro do Sul fez ao governador Tião Viana(PT). Numa Casa Legislativa que tem a maioria absoluta de vereadores de oposição ao atual Governo o ato foi simbólico. Para a indicação passar teve, portanto, votos dos edis que apoiam o prefeito Vagner Sales(PMDB), um desafeto político da gestão. Quando a mesma Casa propôs uma moção de reconhecimento ao deputado federal Gladson Cameli (PP) um vereador do PT negou-se a dar um voto favorável. Na minha avaliação está na hora de vereadores, prefeitos, deputados estaduais e federais, senadores, secretários e o próprio governador amadurecerem. Num Estado pequeno todos os cargos eletivos são essenciais para o seu desenvolvimento social. Passadas as eleições os vitoriosos deveriam esquecer as “arengas” políticas para trabalharem unidos pela população. Fora do palanque o que se espera dos nossos representantes é a cordialidade, o respeito e a colaboração. O Acre não pode mais viver num eterno estado de eleições. Isso só atrapalha e cria “fissuras” irreparáveis que só atrapalham a formação política, econômica e social dos acreanos.

Aprender para depois ensinar
Acho justo que o PT esteja investindo no jovem professor Marcelo Siqueira (PT) para uma futura liderança no Juruá. Mas o ex-candidato a vice-prefeito de Cruzeiro do Sul deveria prestar atenção no que fala publicamente para não cometer erros primários.

Uma coisa é uma coisa…
Numa entrevista recente a um site no afã de valorizar a “possível” instalação de um curso de medicina em Cruzeiro do Sul, Marcelo afirmou que os recursos que estão sendo investidos na praça central poderiam servir para equipar a faculdade.

…outra coisa é outra coisa
Acontece que um recurso federal tem uma destinação específica e não pode ser simplesmente mudado. Portanto, o quê o Calha Norte direcionou para a prefeitura de Cruzeiro do Sul executar não poderá ser usado para comprar equipamentos para uma faculdade federal. Sob pena de processo de improbidade administrativa.

O mesmo caso
Nem mesmo o Governo do Estado poderia diminuir o projeto original da Cidade do Povo de 10 mil para 8 mil casas e investir a sobra nos equipamentos da faculdade do Juruá. Não pode porque é a lei e o sistema administrativo do país.

Tudo tem sua hora
Acho fantástica a possibilidade do Juruá ter um curso de medicina. Iniciativa louvável e consequente. Mas é importante também que o coração da cidade esteja bem cuidado tanto para quem vive no município quanto para os visitantes. Assim como as 10 mil casas da Cidade do Povo que servirão de moradias “aos que mais necessitam”. Uma coisa não anula a outra

Caminhos…
Portanto, tanto a praça central de Cruzeiro do Sul, a Cidade do Povo, quanto uma faculdade de medicina são importantes às comunidades. Mas os caminhos burocráticos para conseguir recursos para uma e outra coisa são completamente distintos.

Toda ajuda é bem vinda
O acirramento dos ânimos entre os representantes da FPA em Cruzeiro do Sul e a prefeitura extrapolam as leis da boa convivência. A diplomacia e o reconhecimento faria bem a ambas as partes, E melhor ainda para a população do município que teria uma corrida cordial por quem faz mais…

Conselho se fosse bom…
Se Marcelo Siqueira estiver procurando um espelho político administrativo pode refletir-se no prefeito da Capital, Marcus Alexandre (PT). Uma gestão democrática que respeita o contraditório e ao mesmo tempo produtiva.

Peregrinando
O deputado estadual Chico Viga (PTB) é conhecido por não ser afeito a ocupar a tribuna da Aleac. Agora, quem pensa que isso o torna um parlamentar inativo está enganado. Viga é um dos políticos acreanos que mais anda pelo Acre.

Entre extremos
No começo da semana Chico Viga estava realizando reuniões em Rodrigues Alves. Na sexta, dia 30, já conversava com moradores de Brasiléia e Epitaciolândia. Chico conhece bem o ditado que cobra parada não engole sapo. Já há várias eleições é um “azarão”, mas sempre acaba voltando à Casa.

Apoio polêmico
O secretário municipal Claudio Ezequiel, filiado ao PT, resolveu apoiar a reeleição do deputado Jamyl Asfury (PEN). O líder do PT, deputado Geraldo Pereira (PT), me escreveu o seguinte: “nunca discuti o provável apoio do Cláudio Ezequiel. Defendo que ele escolha qualquer um dos candidatos petistas. Tenho certeza que o Marcus Alexandre (PT) não participou desse movimento.”

A hora do retorno
O deputado Pereira tem lá suas razões de questionar. Afinal, ele é um dos poucos petistas que defende com “unhas e dentes” o Governo na tribuna da Aleac. Mas parece que a sua lealdade não está sendo recompensada satisfatoriamente às vésperas das eleições.

Questão religiosa
Uma fonte me revelou que Cláudio Ezequiel e Jamyl Asfury têm entre eles laços mais fortes que a política. Os dois pertencem a mesma denominação evangélica. E essa prerrogativa tem sido a mais importante ultimamente no Acre.

Democracia e paz
Essas “guerras” que tenho visto nas redes sociais já cansaram. Não existe debate, mas ataques pessoais. Se alguém escreve algo e é questionado com argumentos civilizados estabelece-se um diálogo. Através dele é possível que aconteçam mudanças e transformações. Mas quando só existe agressão e denúncias vazias, a produtividade é zero. Ninguém ganha com isso. Aliás, até tem aqueles que ganham, os advogados que processam e defendem os incautos nessa “guerra” de informações insanas. Acredito num outro caminho mais produtivo e pacifico para mostrar ao eleitorado quem tem mais condições de governar e representar o Acre de todos nós…