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Felipão blinda seleção brasileira de protestos e diz que se expressa nas urnas

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A Copa do Mundo, para a seleção brasileira, se resume ao campo. Esta é a opinião do técnico Luiz Felipe Scolari, que não quer saber de manifestações ou problemas de organização do Mundial interferindo no trabalho do grupo que buscará o hexacampeonato.


“A Copa dentro de campo está bem administrada. A Copa fora de campo não é assunto nosso”, disse Felipão em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. “Você vai me dizer ‘ah Felipão! Você não é um cidadão?’ Sou um cidadão sim, só que tenho de pensar que se eu posso me manifestar, será depois da Copa. Quando sair da Copa, encerrar meus compromissos, posso dizer: gostei ou não gostei. E no dia 5 de outubro (dia das eleições), expressar isso nas urnas”.


Durante a longa entrevista ao diário paulista, Felipão expressou em diversos momentos sua preocupação em deixar em deixar o assunto ‘protestos’ distante do dia a dia da seleção. O treinador ainda defendeu a CBF de críticas sobre a escolha de 12 sedes para a Copa e atribuiu a responsabilidade pelos problemas enfrentados ao Governo.

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“Não foi a CBF que escolheu 12 locais. O Ricardo Teixeira era presidente da CBF. Quem era o presidente do país?”, afirmou o treinador. “A ideia que foi vendida é que a Copa mudaria o país. O que foi vendido foi a ideia de que tudo seria solucionado”.


Felipão também falou sobre o caminho do Brasil na busca pelo hexa. O treinador revelou que sua comissão técnica fez uma projeção de possíveis adversários e acredita que sua equipe terá que derrotar três campeões mundiais na reta final para ficar com o título.


“Pelo que os nossos entendidos da comissão técnica dizem, o caminho é o seguinte: nós contra a Holanda (nas oitavas), depois Itália ou Uruguai, mas pensamos mais na Itália. E aí seriam dois campeões do mundo (nas quartas). Depois enfrentaríamos a Alemanha (semifinal) e por fim a Argentina (final)”, comentou o técnico.


Felipão ainda confirmou que a equipe que estreia contra a Croácia, no dia 12 de junho, deve permanecer a mesma que encerrou a Copa das Confederações. Também lamentou a ausência do atacante Diego Costa, que preferiu defender a Espanha.


“Eu ia convocá-lo para a Copa do Mundo. Estava errado? Não sei. Ele estaria na Copa com a seleção brasileira. Falei duas vezes com ele sobre isso. O problema é que tem outros interesses por trás de tudo. O Diego Costa conseguindo e sendo naturalizado espanhol, abre espaço na Europa. É tudo jogo de interesse”, afirmou Felipão.


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