O suplente de senador, Carlos Augusto Coêlho, vai abandonar a toca no Partido Ecológico Nacional (PEN). Coêlho, que já foi o braço direito do senador Sérgio Petecão (PSD), estaria se sentindo desvalorizado pelos dirigentes do partido com maior bancada na Assembleia Legislativa.
O estopim da crise no PEN foi deflagrado após a escolha dos suplentes da pré-candidata ao Senado, Perpétua Almeida (PCdoB). O nome de Carlos Coêlho, teria sido escolhido em seminário dos ecológicos, para pleitear a primeira suplência, mas sua indicação teria sido “negociada”.
O presidente do PEN, deputado Astério Moreira, é acusado por Coêlho, de ter trocado sua indicação à suplência pelo cargo de secretária de Turismo, ocupado por sua irmã Rachel Moreira. Coêlho reclama ainda que não foi ouvido pela cúpula da PT, partido que dar as cartas na FPA.
O suplente de senador confirmou que vai pedir desfiliação. Questionado se ele teria algum partido em vista, Coêlho disse que vai permanecer sem partido até a definição das eleições deste ano. Ele não cogita ficar longe da disputa, mas a atuação será restritamente empresarial.
Procurado pela reportagem, o presidente do PEN, Astério Moreira disse que Coêlho falta com a verdade ao acusa-lo de negociar cargo. “Rachel Moreira foi indicada ao cargo pelo governador. Foi um convite pessoal de Sebastião Viana. Fiquei sabendo na última hora”, afirma.
O dirigente destaca que Rachel Moreira, já era do PT, na época em que ele fazia oposição aos petistas. “Ela é do PT, antes de minha chegada na Frente. Ela tem amizades e uma história do partido. Não fui eu quem a indicou. Minha irmã está neste projeto desde o começo”, justifica Astério.
O dirigente destaca ainda que Coêlho queria mais do que o PEN podia oferecer. “Não é verdade, o Coêlho quer que o PEN dê a ele a vaga do senador Anibal. Ele pede que o senador ceda quatro meses de mandato. Como é que o PEN que chegou agora na FPA, vai oferecer esta condição? Anibal não vai abrir mão do mandato e nós não temos força para isso”, finaliza Astério.