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Principal acusado no “Caso Lixão” é condenado a 27 anos de prisão

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Da redação ac24horas


O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) conseguiu condenação, em júri popular, do principal acusado de assassinar e ocultar o cadáver da jovem Cristiane Maria Prudente. Luiz Carlos Ferreira, ex-companheiro da vítima, foi condenado a 27 anos de prisão, em regime fechado, na noite desta segunda-feira (19).


O “caso lixão”, como ficou conhecido o crime, ocorrido em julho de 2011, foi julgado no Fórum Edvaldo Abreu de Oliveira, no município de Brasileia, e contou com grande participação da comunidade que há quase quatro anos pede justiça no caso.


Após quase dez horas de julgamento, o juiz de Direito Cloves de Souza leu a sentença de Luiz Carlos Ferreira, que foi condenado a 27 anos de prisão, em regime fechado, com incurso nas penas do artigo 121, parágrafo 2º, inciso I (torpe), III (com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum), IV (recurso que dificultou a defesa da vítima) e artigo 211 (destruir, subtrair ou ocultar cadáver ou parte dele).


Luiz Carlos Ferreira foi considerado culpado por ter planejado o assassinato de Cristiane Maria Prudente de forma desumana. Ele utilizou ‘trabalhos’ de magia negra, assassinou-a com três tiros e ateou fogo no corpo da vítima no lixão da cidade. Dias após o crime, voltou ao local para ocultar o cadáver.


O crime, segundo ele revelou, foi motivado por ciúmes devido a não ter aceitado o fim do relacionamento. Todo o processo para assassinar a jovem foi feito com a ajuda de Jonathan Wendell Ribeiro Rodrigues, apelidado de ‘ferrugem’, que foi julgado e condenado a 17 anos, um mês e dez dias de reclusão, em regime fechado no mesmo incurso do comparsa.


Para a promotora de Justiça Maria Fátima Ribeiro Teixeira, a pena de Luiz Carlos foi justa e acredita que o Ministério Público houve justiça no caso e a resposta foi dada à sociedade.


“Esse caso é desde 2011 e vinha sendo protelado há tempo esse julgamento. Com a pena de 27 anos de prisão, dará tempo para Luiz Carlos pensar sobre a atitude dele”, disse a promotora.


Na sentença de Jonathan Wendell, em março, a promotora disse não ter achado justa e por isso recorreu para obter a pena máxima. No caso de Luiz Carlos, ela ressaltou que pode acontecer. Para ela, não há dúvidas da participação dos dois no crime, desde o planejamento.


Julgamento


A promotora de Justiça, entre as denúncias, acusou a dupla por homicídio qualificado e por ocultação de cadáver. Em vídeo, a promotora de Justiça mostrou os restos mortais de Cristiane Maria Prudente e provas que condenavam a dupla.


Boletins de ocorrência de agressão física feita por Luiz Carlos às duas antigas esposas também foram mostrados pela promotora e reiterados durante a réplica.


 


A defesa feita pelo advogado Valadares Neto foi marcada para desqualificar o crime. O advogado tentou evitar que os jurados votassem pela condenação máxima do acusado, defendendo a tese de que Luiz Carlos agiu por conta de planos arquitetados por Jonathan Wendell, o que também foi reiterado durante a tréplica.


Entenda o caso


Cristiane Maria Prudente tinha 20 anos na época do crime. Ela foi executada e queimada no aterro sanitário da cidade de Brasileia, cerca de 267 quilômetros de Rio Branco, no dia 31 de julho de 2011. Os acusados, e agora condenados pelo crime, são Luiz Carlos Ferreira, ex-companheiro da vítima, e o comparsa dele, Jonathan Wendell Ribeiro Rodrigues, apelidado de ‘ferrugem’.


O crime teve origem por conta do ciúme possessivo de Luiz Carlos, que não aceitava o fim do relacionamento, proposto pela jovem, em decorrência da desgastada convivência do casal. Luiz Carlos conheceu Jonathan Wendell quando procurou seus serviços de magia negra para fazer com que Cristiane aceitasse reatar a relação.


De acordo com o inquérito policial da Polícia Civil, Luiz Carlos e Jonathan Wendell planejaram a morte de Cristiane ainda por duas vezes, mas os planos falharam.


Na terceira tentativa, Luiz Carlos e Jonathan Wendell levaram Cristiane ao lixão, onde ocorreu o crime. Conseguiram levá-la ao local, alegando que eles iriam receber um dinheiro de uma pessoa na proximidade da região.


Cristiane foi executada a tiros de revólver e, em seguida, teve o corpo envolvido em um cobertor encharcado de combustível – que foi incendiado.


Jonathan Wendell recebeu uma motocicleta para manter a versão de Luiz Carlos, de que a vítima tinha desaparecido com um homem em uma motocicleta. Pertences de Cristiane e o revólver foram jogados no rio, mas achados durante a investigação da polícia.


 


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