Muito ocupado com as atribuições da presidência da Aleac, o deputado Élson Santiago (PEN) me confidenciou que, agora, que está começando a pensar mais nas eleições. A princípio, se lançou candidato a deputado estadual. Se ganhar seria a sua nona eleição seguida, um verdadeiro recorde de mandatos no legislativo estadual. Mas nesta terça, dia 20, Élson ponderou que tem possibilidade de lançar-se candidato a deputado federal. Ele entende que com a saída de vários detentores de mandato com base forte no Juruá, Gladson Cameli (PP), Henrique Afonso (PV), Perpétua Almeida (PC do B) e do próprio Márcio Bittar (PSDB) que foi o terceiro mais votado na região em 2010, o caminho está atraente. Santiago tem estado muito presente no Juruá, sua terra natal e, teria o apoio de quatro fortes candidatos a estadual do PEN, Jamyl Asfury (PEN), Astério Moreira (PEN) e Hélder Paiva (PEN). Além disso, seria o único candidato a federal da legenda. Como presidente da Aleac, Élson teria apoiadores relevantes em outros municípios acreanos. Uma surpresa para as eleições acreanas de 2014 que poderá se tornar realidade antes das convenções partidárias.
Chapa complicada
O chapão da FPA para estadual é muito complicado. Pelo menos onze deputados com mandatos e mais três ex-secretários de Estado. O chapão para federal da FPA também é pedreira, mas Santiago seria um forte candidato.
Vantagens
Santiago é craque no jogo eleitoral. Tanto que conseguiu oito eleições. Além disso, teria a ajuda do irmão ex-deputado federal Ronivon Santiago (PP) e da família. Sem falar no apoio do governador Tião Viana (PT) a quem foi fiel durante os quatro anos no legislativo.
Chapa própria
Uma reunião do PSDC nesta terça, dia 20, na Aleac, decidiu aquilo que já se sabia. O partido vai disputar a eleição com chapa própria. Além dos deputados Éber Machado (PSDC) e Edvaldo Souza (PSDC) e o vereador da Capital, Artêmio (PSDC). Apoiarão Tião Viana (PT) para o Governo e deixarão a questão do Senado aberta.
Meio a meio
Nem todo o PRB vai apoiar a candidatura da deputada Perpétua Almeida (PC do B) ao Senado. Os cristãos mais radicais preferem apoiar o deputado Gladson Cameli (PP) mesmo que de maneira silenciosa.
Baixaria na rede
Não consigo entender colegas de profissão se atacando nas redes sociais. O pior que os ataques e contra-ataques são virulentos. Os jornalistas são todos “sobreviventes” e não cabe às pessoas da própria classe pregar prego na cruz do outro. Uma verdadeira insanidade. O pior que isso acontece por paixão e interesses políticos.
Será que não aprendem?
O quê me espanta é que qualquer jornalista sabe que os políticos brigam entre eles e depois se juntam para repartir o bolo. Arqui-inimigos de outrora hoje são aliados incondicionais. E alguns idiotas atacando colegas na raia miúda.
Antônia Sales perto de decidir sobre vice de Márcio Bittar
Na próxima sexta, dia 23, em Cruzeiro do Sul, haverá um evento da Aliança de 11 partidos. A deputada estadual Antônia Sales (PMDB) poderá confirmar a sua pré-candidatura a vice na chapa ao Governo com Márcio Bittar (PSDB). Mas ainda conversa com sua “santinha” sobre a melhor decisão a tomar.
Disputa apertada
Com a decisão de Antônia Sales, as candidaturas majoritárias às eleições de 2014 estarão completas. Se o sim da esposa do prefeito Vagner Sales (PMDB) para participar da chapa da Aliança se confirmar acabam as especulações de descrença numa vitória da oposição em 2014.
A arrogância precede a queda
Quem acha que já ganhou a eleição e colocou o “burro na sombra” pode ter uma surpresa desagradável. Na minha avaliação o pleito para o Governo do Acre será muito disputado. Faço a leitura de uma disputa em dois turnos. Não existe clima para uma vitória de nenhum dos candidatos no primeiro turno. O sentimento de mudança é grande e o desgaste dos 16 anos de governos da FPA é natural. Quem colocar sapato alto poderá tropeçar na vontade silenciosa e soberana do eleitorado acreano. Claro que existe uma nova elite no Estado que fará o possível para manter as coisas como estão. Acredito também que os dois candidatos de oposição não são exatamente aquilo que sonhavam os acreanos. Havia o desejo por alguma coisa “nova”. Mas acho que a força do voto contra ao atual “projeto” vai ser relevante. No mais é só esperar pela campanha que começa em julho. Só durante os três meses de debate entre os candidatos será possível detectar a real vontade do eleitorado.
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