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Quase 90 mil pessoas sofrem com cheia dos rios em toda a Amazônia

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As águas do rio Amazonas estão subindo em ritmo acelerado e quase 90 mil pessoas estão sendo afetadas pela enchente. Entre os municípios que já decretaram situação de emergência, está Parintins (a 369 quilômetros de Manaus), que deve igualar nessa semana a cota recorde de 2009, quando atingiu 9,38 m. As estações de monitoramento hidrológico apontam que, em Parintins, o rio Amazonas está 32 cm acima da cota de emergência, que é 8,82 m.


Previsões da Defesa Civil Estadual dizem que o município deve passar em até 50cm a cota da cheia que atingiu a ilha, há cinco anos. Para agravar a situação, o rio enche aproximadamente até o dia 30 de junho e somente começa a baixar por volta do dia 15 de agosto. O pico deve ser atingido agora porque as águas do rio Madeira, cuja enchente foi recorde em Porto Velho e Humaitá, estão chegando a região.


Com isso, o município começou a sentir os efeitos da cheia, que está causando transtornos para centenas de famílias que moram nas áreas mais baixas da cidade.

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De acordo com Suammy Patrocínnio, secretario da defesa civil de Parintins, há aproximadamente 10 dias, choveu em dois dias o que estava previsto para um mês inteiro. No total, três mil famílias foram atingidas até o momento, na área urbana e rural. “Fomos pegos de surpresa, mas estamos tentando amenizar. As ruas todas ficaram alagadas. Então, construímos pontes e rip rap. Além de estarmos providenciando abrigos, aterrando as principais vias, comprando cestas básicas e medicamentos para dar à população”, informou.


O secretário da Defesa Civil do Estado, Roberto Rocha, reuniu com o secretario de Assistência Social, Wanderley Ribeiro, e com a secretária de Saúde do município, Rainez Rocha, e apresentou um plano emergencial para atender as vítimas da cheia deste ano, que se antecipou em aproximadamente um mês, do pico normal. “Nunca o rio Amazonas recebeu tanta água. Para Parintins atingir a cota, basta chover e o volume de água que chegar até a ilha”, explicou o secretário.


Na enchente ocorrida em 2009, os galpões do Curral Lindolfo Monteverde, a “Cidade Garantido”, inundaram e os artistas foram obrigaram a terminarem as alegorias para o Festival Folclórico, na área de concentração do Bumbódromo, na chamada Praça dos Bois, e sem qualquer cobertura.


Garantido buscou a prevenção


A diretoria do boi Garantido desenvolveu um planejamento estratégico para dar continuidade aos trabalhos de confecção dos módulos alegóricos no caso da águas do rio Amazonas entrar nas dependências dos galpões e comprometa a confecção do projeto de arena. Porém, os dirigentes ainda descartam preparar a apresentação em outro lugar.


De acordo com o presidente da agremiação, Telo Pinto, para o trabalho dos artistas serão disponibilizadas as áreas externas da Cidade Garantido, o pátio do complexo, como do curral, onde são realizados os shows, enquanto todos os ensaios serão direcionados ao curral da Baixa de São José. “Conseguiremos formatar toda a estrutura, apesar das dificuldades”, diz.


Flagelados


No Amazonas, mais de 88 mil pessoas estão sendo afetadas pela enchente dos rios do Amazonas. Quase 18 mil famílias sofrem com o desastre natural. Dois municípios registraram Estado de Calamidade Púbica: Boca do Acre e Humaitá. Os municípios de Boa Vista do Ramos, São Sebastião de Uatumã e Urucará, no Baixo Amazonas, estão sendo monitorados diariamente e já receberam o Alerta máximo.


 


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