A primeira Marcha Acreana Contra a Homofobia em Rio Branco, ocorrida na tarde deste sábado, reuniu pouca gente. Porém, com seus cartazes e faixas os presentes conseguiram transmitir a mensagem que queriam à sociedade: o fim da discriminação à população LGBT e direitos iguais garantidos por lei.
Os manifestantes saíram da rua Rio Grande do Sul e caminharam pela avenida Getúlio Vargas até a Praça da Bandeira no Mercado Velho, onde foram realizados shows de encerramento do evento.
Parte dos manifestantes se vestiram de saco durante o protesto. Na caminhada, o presidente da Associação dos Homossexuais do Acre, Germano Marino, leu um carta em manifestação contra a Homofobia. Nela, o movimento pede respeito e garantias.
“Até hoje não existe sequer uma lei que assegure nossos direitos civis. Não existem leis que nos protejam da violência homofóbica. A homofobia não é apenas um problema que afeta apenas a população LGBT. Ela diz respeito também ao tipo de sociedade que queremos construir. O Brasil só será um país democrático de fato se incorporar todas as pessoas à cidadania plena, sem nenhum tipo de discriminação. O reconhecimento e o respeito à diversidade e à pluralidade constituem um fundamento da democracia.
Enquanto nosso país continuar negando direitos e discriminando lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais não teremos construído uma democracia digna desse nome”, diz a carta lida pelo presidente da Associação dos Homossexuais do Acre.
A Marcha Contra a Homofobia, que aconteceu pela primeira vez no Acre, acontece também em vária cidades do Brasil em alusão ao Dia Internacional contra a homofobia, lembrado em 17 de maio. Segundo a Ahac, a data marca uma vitória histórica do Movimento LGBT internacional. Foi guando a Organização Mundial de Saúde (OMS), retirou a homossexualidade do Código Internacional de Doenças (CID).