Nesta segunda-feira (12), o nível do rio Negro em Manaus estava a 1,17 metro da cheia recorde de 2012, quando as águas atingiram o índice de 29,97 metros. Apesar da previsão do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) que, no final do mês passado, divulgou o segundo alerta de cheia, apontando cota máxima de 29,49 metros para este ano, os moradores dos 12 bairros que, de acordo com mapeamento da Defesa Civil municipal, poderão ser atingidos pela enchente, já começaram a se preparar para enfrentar os transtornos da cheia.
Além das pontes improvisadas de madeira, que a prefeitura está construindo nos bairros São Raimundo, Glória, São Jorge, Raiz, Educados, e Presidente Vargas, nas Zonas Oeste e Sul, há quem vá além e improvise barreiras contra a água e as tradicionais marombas, prática comum no interior que, a cada ano, fica mais presente na vida de quem vive na orla da capital.
É o caso de Gilmar Correa, 32, que mora no beco Vitória, no bairro da Glória, Zona Oeste. Segundo ele, a casa onde ele mora costuma alagar todos os anos e, por isso, ele adquiriu o hábito de acompanhar o aumento do nível do rio e já começou a construção de uma maromba. “Todos os dias faço a minha medição, e quando percebo a subida da água me adianto logo”, afirmou.
Além das marombas, muita gente improvisa barreiras contra a água, seja com sacos de areia ou com a construção de batentes de concreto nas portas das casas, para evitar que a água suja dos igarapés, que transbordam, entre nas casas.
Alerta
No final do mês passado, o CPRM divulgou o segundo alerta de cheia para Manaus, com a previsão de que o nível do rio Negro, este ano, atinja a cota máxima de 29,49 metros.
A previsão indica que a cota máxima do rio Negro deve ficar 48 centímetros abaixo da registrada na cheia recorde de 2012, quando o nível das águas atingiu 29,97 metros.
Com a divulgação do segundo alerta, o superintendente regional do CPRM, Marco Antônio Oliveira, destacou que a influência da cheia do Madeira no Negro será pequena. “A influência para o Solimões é pequena neste momento. O baixo Amazonas está sendo influenciado pelas águas do Madeira agora. Quando ocorrer o pico da cheia para o rio Negro e para o Amazonas, que deve ocorrer no mês de junho, as águas do Madeira já terão baixado, portanto, a influência vai ser mínima”, explica.
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