A ex-senadora e candidata a vice-presidente ao lado de Eduardo Campos (PSB), Marina Silva, afirmou em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo desta quinta-feira (8) que o ex-governador de Pernambuco é o único postulante ao Palácio do Planalto capaz de vencer a presidente Dilma Rousseff nas urnas.
Segundo Marina, além de Campos ser mais competitivo, “sem dúvida alguma”, que Aécio Neves (PSDB), “o PT já aprendeu que a melhor forma de ganhar é contra o PSDB”.
— O PSDB sabe que já tem o cheiro da derrota no segundo turno.
Depois de Campos e Aécio manterem uma agenda parecida e discursos semelhantes sobre os planos para o Brasil, as declarações de Marina devem afastar de vez os dois candidatos. Para Marina, “a gente tem que parar com essa história de tentar diluir as diferenças”.
— Quando alguém fica muito ansioso para dizer que é iigual, é porque sabe que é diferente. […] Campos protagoniza uma agenda progressista de respeito aos direitos sociais, de não ir pelo caminho mais fácil de reduzir a maioridade pena e as conquistas dos trabalhadores.
A ex-senadora disse ainda que tanto a Rede — partido encabeçado por ela, mas que ainda não existe oficialmente — e o PSB, sigla a qual se aliou para participar das Eleições 2014, terão autonomia para apoiar candidatos diferentes nos Estados. No entanto, em São Paulo, está descartado o apoio à reeleição de Geraldo Alckmin (PSDB).
O discurso reforça a tese de que o pessebista Márcio França deverá ser o candidato do partido ao governo paulista.
Críticas a Dilma
Como de praxe, Marina disparou contra a presidente Dilma Rousseff, que, segundo a ex-senadora, usou pronunciamento na televisão para anunciar medidas populistas como o reajuste do Bolsa Família e a correção da tabela do Imposto de Renda — que isenta mais pessoas da mordida do Leão.
Em relação à economia, disse que “a presidente encerra o gtoverno sem uma marca, como a estabilização econômica de FHC e a inclusão social de Lula”.
— A marca de Dilma é o retrocesso. O Brasil atravessa um momento com baixo crescimento e aumento da inflação e dos juros.
Por fim, Marina também comentou sobre a possivilidade de disputar a Presidência da República em 2018. Ela disse que não tem qualquer acordo com Eduardo Campos para disputar o pleito em 2018. Em discursos recentes, Campos afirmou por várias vezes ser contrário à reeleição e prometeu acabar com o modelo. Isso abriria espaço para Marina disputar o pleito daqui a quatro anos.
— Não fizemos nenhum tipo de acordo eleitoral. Não tenho como objetivo de vida ser presidente do Brasil.
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