Bloqueio da Aleac revela graves problemas políticos no Estado

A manifestação de Sem Terras em frente a Aleac revela um quadro provocado pela política. Quem poderia resolver o problema dos posseiros que querem ser fixados nas suas terras seria o INCRA. Mas o superintendente acreano, Idésio Franck (PT), saiu para candidatar-se a deputado federal. O deputado federal Sibá Machado (PT) mexe os “pauzinhos” para indicar o seu sucessor, provavelmente, o ex-prefeito de Porto Acre, Zé Maria (PT). Mas evidente que o grupo majoritário do PT acreano não quer o aliado de Sibá. Enquanto isso os problemas vão crescendo a espera de uma solução. Segundo os líderes do Movimento Sem Terra a presidente Dilma (PT) já liberou o dinheiro para indenizar o proprietário das terras desapropriadas na Estrada do Mutum, na região da Capital. Então está na hora de decidirem quem é quem nessa história para não criarem uma bomba relógio com posseiros no Acre.

De volta ao ar condicionado
Enquanto deputados, funcionários e visitantes ficaram presos na Aleac pelos manifestantes que não deixavam ninguém sair, ouvi a seguinte frase de uma manifestante: “no dia 5 de outubro temos que aprender a ir também para o ar condicionado. Porque pobre só é gente em época de política”.

Questão de desapego
A deputada estadual Antônia Sales (PMDB) desenvolveu uma tese interessante enquanto viajava pelas beiras de rios. “Se o Gladson Cameli (PP) e o Márcio Bittar (PSDB) teriam reeleições certas e se desapegaram para criarem um novo projeto para o Acre eu tenho pensado em dar a minha contribuição também”.

Tendência positiva
Ao contrário das especulações anteriores, Antônia Sales (PMDB), está inclinada a aceitar a missão de vice da Aliança de Oposição. Já descartou concorrer a deputada federal. Tudo indica que o dia do sim está próximo. “Não quero ver os votos para o Governo do Juruá divididos,” afirmou Sales.

Desprendimento
A saída da corrida a uma vaga à Câmara Federal de Márcia Bittar (PSDB) é definitiva. O marido, Márcio Bittar (PSDB), pré-candidato ao Governo, afirma que foi mais um ato político que prova ser necessários sacrifícios para se alcançar objetivos maiores.

Lembranças do passado
Bittar (PSDB) disse que a atitude decidida pelo casal lembra quando ele não quis ser candidato ao Senado pela FPA, em 2002. Lembrou ainda de que renunciou a ser candidato a prefeito em 2012 pela unidade das oposições.

Sorria você está sendo gravado
Uma fonte me revelou que o pré-candidato a deputado federal Léo Brito (PT) está gravando o depoimento das lideranças que o apoiam. Para evitar viagem perdida nas reuniões as declarações de apoio ficarão devidamente registradas, porque se acaso alguém tiver uma crise amnésia mais perto da eleição…

Atitude correta
O pré-candidato a deputado federal do PT está correto. Na eleição de 2010 um único pastor de Sena Madureira rezou na cabeça de três candidatos diferentes. Quando o clima esquentar compromissos previamente assumidos são abandonados com muita facilidade.

Sem loteamento político
O prefeito Marcus Alexandre (PT) está desencorajando assessores que querem prevalecer seus candidatos a federal dentro da prefeitura de Rio Branco. Ele não admite o loteamento político da sua gestão. Quer espaços iguais e democráticos a todos os pretendentes.

Pito
Segundo me informaram um importante assessor levou um “pito” de Marcus por estar fazendo pressão pelo seu candidato junto aos cargos de confiança. Essa postura do prefeito da Capital combina com a condução democrática que têm feito da sua gestão.

Plantando para o futuro
Marcus Alexandre (PT) sabe que para administrar a complexidade de uma urbe como Rio Branco precisará do apoio de toda a bancada federal. Não tem sentido criar ressentimentos em candidatos que poderão ser eleitos e, depois, negar-lhe apoio.

Cada um no seu quadrado
O prefeito Marcus Alexandre (PT) já tinha dito à coluna há alguns meses que vai apoiar todos os candidatos a federal da FPA nas suas bases. Não vai privilegiar nenhum, portanto, é natural que não deixe assessores quererem tirar vantagem da situação.

Correndo por fora
O ex-prefeito de Rio Branco, Raimundo Angelim (PT) anda silencioso. Não tem entrado nas bolas divididas das disputas internas do seu partido. Pré-candidato a deputado federal e, um dos favoritos da FPA, Angelim (PT) tem um jeito mineiro de ser.

Reza forte
Um deputado estadual da FPA me disse que se depender de orações o governador Tião Viana (PT) está bem. Todos os dias os deputados evangélicos Astério Moreira (PEN) e Jamil Asfury (PEN) vão ao gabinete para orar na sua cabeça.

Caminho espinhoso
Ser presidente da Aleac é vantajoso, por um lado, mas desvantajoso por outro. O deputado Élson Santiago (PEN) vai ter que correr muito atrás para reestruturar as suas bases eleitorais se quiser eleger-se pela nona vez. Os afazeres de uma presidência ocupam tempo demais.

Nome bem contado
Algumas pesquisas domésticas ainda apontam o nome do prefeito Vagner Sales (PMDB) como forte concorrente a deputado federal. O problema é que o prefeito de Cruzeiro do Sul não se descompatibilizou do cargo no começo de abril. Portanto, não será candidato e a transferência de votos para outros pretendentes nunca é tão simples como se imagina.

Desagravo a quê?
Na minha avaliação Márcia Bittar (PSDB) desistiu da sua candidatura por motivos pessoais. Deve ter preferido estar ao lado do marido na batalha pelo Governo, o que é natural. Como eu já tinha escrito na coluna há alguns meses Márcia é candidata a primeira dama. Portanto, o ato de desagravo contra a sua desistência me parece meio sem sentido. Não vejo nada que impedia Márcia Bittar de ser candidata. Agora, essa história de alguns quererem culpar a imprensa é pura cena de cinema. Os jornalistas não têm o poder de escolherem quem é e quem não é candidato.