O rio Madeira baixou, a BR-364 já oferece condições de trafegabilidade entre Rondônia e Acre, mas nos supermercados locais a alta dos preços de vários produtos como óleo, ovo, leite em pó e batata continua. E quem sente é o consumidor.
A empresária Eliza Amaral, proprietária de um restaurante, que o diga. Ela faz compras em grande volume diariamente e diz que nos últimos meses tem sentido no bolso com a alta dos produtos. O jeito é pesquisar.
“Sente e muito. Dependendo do produto, tem dele que subiu mais de 50%. Na verdade a gente tem que conciliar, fazer uma pesquisa pra ver de consegue mudar a marca, sem no entanto perder a qualidade”, diz.
A cartela do ovo que custava em fevereiro, antes da cheia pouco mais de sete reais custa hoje em média R$ 11,40. O leite em pó de 400 gramas apresentou oscilação em seu preço nos últimos três meses. Chegou a quase oito e hoje é vendido a R$ 6,98.
O preço da batata também disparou. No dia 15 de fevereiro o quilo do produto custava R$ 1,99, hoje custa R$ 4,69.
O vice-presidente da Associação Comercial, empresário Adem Araújo, proprietário da rede Araújo de Supermercados, a maior do Acre, disse que a alta dos preços não está relacionada a cheia do Madeira, mas ao aumento dos preços da indústria.
“Os produtos que estão com preços altos, não são mais em decorrência da estrada. Os motivos são a sazonalidade para os hortifruti e aumentos de preço das indústrias. Aqui no acre a concorrência já esta acirrada, o mercado é quem dita o preço”, diz.
Uma pesquisa da Federação do Comércio aponta que 81% da população confirma um aumento excessivo dos preços no período da cheia do Madeira, principalmente de produtos como ovos de granja e produtos hortifrutigranjeiros (frutas e verduras).
No período mais crítico – os meses de fevereiro e março deste ano, 87% da população dão conta da falta de muitos bens de consumo nas prateleiras dos supermercados, dentre estes, 31% apontam a frequente falta de leite longa vida, e os hortifrutigranjeiros (frutas e verduras), por outros 28%. Os dados levantados pela pesquisa destacam, ainda, 15% que observaram a falta de ovos de granja e 9%, a falta de combustíveis nos postos de revenda.
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