Apesar das autoridades de segurança públicas negarem a suposta greve dos Policiais militares no Amazonas após uma reunião a portas fechadas na sede do Governo na noite desta sexta-feira (26), a Associação dos Praças do Amazonas (Apeam) – que não foi convidada por ser vista como uma instituição ilegal – confirma a greve da categoria para as oh da próxima segunda-feira (28) na frente da Arena Amadeu Teixeira.
A suposta greve que aconteceria apenas no próximo dia 1º de maio foi antecipada por não ter tido negociação com os órgãos públicos da segurança pública e o Governo do Estado, é o que afirma o presidente da Apeam, Platiny Soares. Ele declarou a equipe de reportagem do portal acrítica que os policiais procuraram a associação e informaram que desejam continuar a greve.
Segundo ele, a associação não encabeça o movimento dos praças no Amazonas, mas vai apoiar os seus associados, se assim optarem por paralisar as atividades em protesto. A lista de reivindicações do movimento grevista inclui a Lei de Carreira de Praças, reajuste salarial e antecipação dos aumentos de 2015 e 2016, auxílios alimentação e moradia, entre outras exigências.
Por determinação do governador José Melo, uma reunião foi realizada na Sede do Governo pelo chefe da Casa Civil, Raul Zaidan, o secretário de segurança pública, coronel Roberto Vital, e o comandante da Polícia Militar, coronel Almir David, com todas as associações “oficiais e legais” que representam os policiais do Estado. Na ocasião, a Apeam não foi convidada para participar das pautas de reivindicações sobre a “falácia” da greve.
De acordo com a Casa Civil, todas as associações (dos Cabos e Soldados da PMAM e também a que representa os Oficiais) foram unânimes em dizer que não existe nenhum apoio de greve. Foi enfatizado ainda que, pelo contrário, as associações sempre tiveram do governo a liberdade, autonomia, receptividade e acesso para tratar de todas as demandas da classe.
Durante a reunião, o presidente da Associação dos Cabos e Soldados da PMAM, o Deputado Cabo Maciel (PR), apresentou uma planilha com o avanço salarial da categoria dos praças na gestão Omar e Melo e salientou a sua indicação legislativa para efetivação da Lei de Promoção. Ele fez ainda menção ao pagamento do vale alimentação e da efetivação da escala de folgas, sem atividades extras.
O Coronel Pacheco, que é representante dos Oficiais, declarou na ocasião que, o movimento grevista “espúrio” (que não é certo, ilegítimo) para tentar desarticular e desestabilizar o coronel Almir David, mas que os oficiais estão em total apoio ao atual comando e que os bons oficiais não permitirão este tipo de comportamento.
O coronel Vital declarou novamente que o governo não acredita na greve, mas informou que o governo já está preparado para qualquer situação, seja no operacional quanto na parte legal. Raul Zaidan informou que todas as demandas da categoria estão sendo tratadas pelo governo há algum tempo e que mais de 50% já foram atendidas e as demais continuam sob análise.
“Irresponsabilidade do governo para com uma associação que tem representatividade e legalidade”, é assim que define Platiny Soares ao ser questionado sobre a não convocação da Apeam para a reunião com a força de segurança.
Antes de encerrar a entrevista, o presidente a Apeam declarou que foi informado pela categoria – que pretende paralisar as atividades – que o movimento foi adiantado para a meia noite de segunda-feira, tendo em vista a falta de negociação. O encontro deve acontecer na frente da Arena Amadeu Teixeira, na avenida Constantino Nery, no bairro de Flores, às 0h.
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