O assunto da semana tem que ser discutido com equilíbrio e sensatez. Em primeiro lugar a principal culpa dessa onda de migrantes do Haiti é do terremoto que destruiu o país, em 2010. A natureza é impiedosa nos seus desígnios. O povo de lá saiu que nem “barata tonta” procurando uma alternativa de vida. Aliás, mesmo antes do terremoto os haitianos já viviam um drama com sucessivos regimes governamentais extremamente cruéis. O terremoto que matou centenas de milhares acabou sendo uma oportunidade para os que sobreviveram escaparem do Haiti. O Êxodo dos haitianos encontrou no Brasil a Terra Prometida. A presidente Dilma (PT) abriu as nossas fronteiras e documentou os peregrinos. Só que como dizia o poeta Carlos Drummond de Andrade no meio do caminho tinha uma pedra e, a pedra, era o Acre, o porto de chegada para a nova vida. O Estado que vive seus próprios dramas com enchentes e isolamentos se viu com um abacaxi na mão difícil de descascar. O governador Tião Viana (PT) resolveu ajudar e não foi bem compreendido pelos paulistas que já têm a sua própria produção de abacaxis.
Vícios internos
O problema maior é que no Acre tudo vira política. O governador posou de humanista e a oposição de carrasca. Mas só quem pode solucionar o problema é a presidente Dilma (PT). O resto é debate político estéril.
Nem tanto ao Céu…
O fato é que já passaram mais de 20 mil imigrantes pelo Acre. Será que já não demos a nossa contribuição humanista? Ou será que a canção de Caetano Veloso, “o Haiti é aqui”, irá se tornar uma realidade?
…Nem tanto à Terra
Está na hora do Ministério das Relações Exteriores tomar medidas firmes. Senão o Haiti inteiro irá se mudar pouco a pouco para o Brasil. A contribuição humana já foi dada e, agora, os haitianos devem procurar outras Terras Prometidas.
A bem da verdade
Quem primeiro se manifestou contra os haitianos em São Paulo, foi o secretário do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT). Depois o governador Geraldo Alckmin (PSDB) também protestou. Ao contrário do Acre, o prefeito e o governador em São Paulo, apesar de partidos distintos, trabalham institucionalmente e decidiram empurrar o problema para outras paragens.
Questão de bom senso
Nem o governador do Acre deve ser responsabilizado e nem o de São Paulo. Que o Governo Federal assuma as suas atribuições e resolva definitivamente o problema. O resto é política eleitoral para “acreano” ver…
Batalhas interna no PT
Tentaram isolar o deputado federal Sibá Machado (PT). Mas ele está reagindo, o que é natural. A disputa por cargos federais no Acre envolve novamente as correntes internas do PT; DR, DS e Articulação. Sibá, se articulou e deve indicar a próxima reitora do IFAC. E já está de olho na superintendência do INCRA.
A farinha é pouca…
É óbvio que Sibá não vai jogar a sua reeleição no lixo como algumas lideranças do PT querem. Com prestígio numa das alas nacionais do partido, Sibá está jogando com a sorte. Se conseguir os dois cargos fortalece novamente a sua candidatura, já que também tem politicamente nas mãos a reitoria da UFAC.
…Meu pirão primeiro
Se indicar o superintendnte do INCRA coloca em xeque o ex-titular e pré- candidato a federal Idésio Franck (PT). Poderá recuperar o espaço que perdeu na zona rural durante dois anos e meios. Mas parece que outro pré-candidato, Mâncio Cordeiro (PT), também está de olho na indicação.
Super-herói “queimado”
Em tudo que está fazendo para se viabilizar politicamente Sibá Machado tem razão. Mas indicar o ex-prefeito de Porto Acre, Zé Maria (PT) para o cargo de superintendente do INCRA pode ser um erro. Ele tem vários processos e, saiu com a popularidade em baixa da prefeitura.
Quem pode mais chora menos
Que existe uma ala do PT nacional que não tem muita simpatia pelo governador Tião Viana (PT) é fato. É nesse vácuo que Sibá Machado está trabalhando para se firmar como um candidato competitivo em 2014.
Contribuindo
A assessoria do deputado federal Márcio Bittar (PSDB) me ligou para informar que o parlamentar alocou R$ 600 mil em emendas para o prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre (PT) executar. Não gostaram de uma entrevista nesta coluna em que Marcus disse que Bittar é o deputado que menos ajuda a Capital.
Democracia de auxílio
Marcus Alexandre (PT) não disse que Bittar (PSDB) não ajuda. Mas que é quem menos ajuda. Aliás, o prefeito da Capital sabe reconhecer os parlamentares que o ajudam. Nessa hora não tem situação ou oposição.
Cuidando do próprio quintal
O governador Tião Viana (PT) vai ter problemas com os seus candidatos a deputado federal. São nomes fortes que farão campanhas quase majoritárias. Evidentemente que nenhum vai entrar para brincar. Os espaços são poucos e cada um vai querer prevalecer para chegar ao Congresso Nacional. Se o candidato à reeleição do PT não se cuidar, a disputa pelas cadeiras na Câmara Federal pode provocar danos à candidatura majoritária da FPA. É só esperar para ver…
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