Aproximadamente oito mil trabalhadores participaram da assembleia realizada às 7 horas desta terça-feira (22) pelo Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil (STICCERO), com apoio da Conticom e CUT, no canteiro de obras da Usina de Santo Antônio. Eles rejeitaram por unanimidade a proposta patronal de reajuste escalonado de 6,5% para os salários mais altos e 7,5% para os menores salários; além de vale alimentação em três faixas de valores, sendo a primeira de R$ 380,00, a segunda R$ 293,00 e a terceira R$ 233. Em Jirau a decisão da categoria foi a mesma.
A categoria acatou a orientação das entidades sindicais, no caso de Santo Antonio de retorno ao trabalho, que havia sido interrompido na semana passada após a empresa dispensar os empregados em função de alguns protestos espontâneos. Em Jirau não houve interrupção. O entendimento do sindicato, já manifestado em uma audiência na Justiça do Trabalho, é que não poderá haver desconto dos dias paralisados em Santo Antônio, já que se tratou de uma medida de segurança da empresa e não de uma paralisação.
O Sticcero, diante da rejeição da proposta patronal, propôs deliberar indicativo de greve para a próxima sexta-feira (25), caso até lá as empresas não apresentem uma proposta aceitável para a categoria. Uma nova assembleia para apreciar uma eventual nova proposta será realizada no dia 25 às 7 horas e caso a categoria rejeite, a greve começaria de imediato, pois as empresas já foram comunicados, conforme a Lei de Greve 7.783/89. A orientação clara do STICCERO, da CONTICOM e da CUT foi para que a categoria respeitasse a Lei de Greve, para evitar ilegalidade e punições.
Como o Consórcio de Santo Antônio ingressou na semana passada com Dissídio de Greve, já houve uma audiência nesta segunda-feira (21) no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), sem que nova proposta fosse apresentada. Novas rodadas de negociação poderão acontecer até quinta-feira à noite.