O deputado Major Rocha (PSDB) denunciou na manhã desta terça-feira (22), que os deputados que integram a Comissão de Segurança da Aleac, teriam sido barrados ao tentar fazer uma inspeção no complexo penitenciário de Rio Branco.
Segundo o tucano, um dos diretores do presídio teria proibido que os deputados entrassem com câmeras filmadoras e fotográficas, numa visita aprovada através de requerimento da deputada Toinha Vieira (PSDB), aprovado na Casa.
“A direção do presídio tentou impedir a entrada dos deputados. É bom lembrar que nós fomos numa missão oficial do Poder Legislativo. O objetivo era fazer uma raio x do sistema prisional do Estado”, destaca Major Rocha.
Rocha alega que o diretor teria impedido que os deputados documentassem a situação do presídio com base “numa portaria que não existia. Como não encontrou ligou para o juiz que disse que seria um problema administrativo”.
De acordo com Rocha, “dias antes da nossa visita, a primeira-dama do Estado filmou e fotografou dentro do presídio num evento político. O parlamento foi desrespeitado por um diretor alienígena que barrou os deputados”.
Para Rocha, a entrada dos deputados foi impedida para que eles não “denunciassem o caos no complexo penitenciário do Acre. Estou representando o diretor por abuso de autoridade, ele é um cidadão que não tem compromisso”.
O líder tucano finaliza apontando as falhas detectadas por ele. “As celas estão sem luz e faltando colchões. Eu pergunto: onde estão os milhares de colchões adquiridos pelo Instituto Penitenciário do Acre?”, questiona.
O deputado alerta ainda que “mais de 300 presos estariam sendo cuidados por apenas um agente, os equipamentos dos agepens estão quebrados, pavilhões com forro é de madeira e sem condição mínimas de segurança. Vou convidar o MP para conhecer o caos que se instalou naquele local”.
O líder do PT na Aleac, deputado Geraldo Pereira, minimizou as denúncias de Rocha. Para ele, o quadro não era o pintado pelo tucano. “Se bem que o sistema prisional brasileiro precisa mudar para que preso trabalhe para se manter, mas quero deixar claro, que ainda que se visite um convento, vai encontrar roupas no varal e problemas para serem corrigidos”.