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Eu tinha, ou não, razão?

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Já em 2006 quando fui candidato a governador pela primeira vez, usei as expressões “PRODUZIR PARA EMPREGAR” como nome da coligação, e “GOVERNAR PARA O SER HUMANO” como slogan de campanha. Governar para o Ser Humano, como forma de confrontar o “GOVERNO DA FLORESTA”, pois eu, diferente do PT queria governar para dar proteção e qualidade de vida ao SER HUMANO, enquanto o PT insistia em proteger apenas a floresta, deixando o SER HUMANO em segundo plano. PRODUZIR PARA EMPREGAR, pois sabia que um dia a própria natureza mostraria que em qualquer que seja o local, precisamos produzir, para abastecer os seres humanos locais por no mínimo um ano, que equivale o ciclo de produção da maioria dos alimentos que costumeiramente consumimos. Pois é, precisamos ainda de mais 8 anos para que a minha proposta fosse entendida. Realidade dura neste momento, mas muito oportuna com a enchente do rio Madeira, que agora começa a baixar. Bastaram apenas 30 dias de estradas fechadas para acabarem os alimentos nas prateleiras dos comércios locais, e os preços subirem em até 50%. Que vergonha!!! Faltou leite longa vida, tomate, repolho e quase falta arroz e feijão. Como eu sou daqueles que acredita no que pensa, fala e faz, repeti a expressão “PRODUZIR PARA EMPREGAR” nas eleições de 2008; 2010 e 2012 e alguns críticos, pautados pelo PT, diziam que esta expressão já tinha cansado o eleitor, e, pergunto agora: Ela está, ou não está mais atual do que nunca?


O Acre importa algo em torno de 60 milhões de quilos de arroz/ano; 30 milhões de quilos de feijão/ano; 13 milhões de litros de leite/ano; 8 milhões de quilos de tomate/ano, e para comprar apenas estes produtos, mandamos embora para gerar aproximadamente 3 mil empregos lá fora, algo em torno de R$ 300 milhões de Reais. Lembro que além destes, outros produtos como o repolho, a cenoura, a beterraba, a abobrinha, o pepino, a melancia, também poderiam ser produzidos aqui, com o dinheiro e os empregos ficando aqui, gerando renda e melhorando a vida do Povo Acreano. Ah! Sim, lembram-se da gozação que esta turma do PT fizeram com a vaca mecânica? Pois bem, o Acre já importa aproximadamente 500 mil litros/ano de leite de soja, num valor de R$ 2,5 milhões de Reais, que é consumido apenas por aqueles que têm bons salários. Como é feito este leite? Não se monta uma vaca de lata, como o PT em 2012 insinuou, e sim, extraindo o leite do caroço em um equipamento moderno, chamado Vaca Mecânica, onde 1 kg de soja produz até 8 litros de leite vegetal, com qualidade superior ao leite animal, e muito mais barato. Para acabar de vez com a dúvida, estados como o Paraná, São Paulo e até Rondônia têm este equipamento para produzir leite para as creches, escolas, hospitais e programas sociais. A verdade é que o PT sempre desdenhou de nossos projetos nas eleições, mas depois os copia, como exemplo, o Bairro da Liberdade que propus em 2008, chamando-o de Bocalândia, e hoje tem no projeto da Cidade do Povo, cópia de nossa proposta. Por falar em soja, poderíamos implantar mais de 100 mil hectares desta cultura ao longo da Br 317, sem derrubarmos uma árvore; sem ter que diminuir o nosso rebanho bovino, ao contrário, aumentando-o, simplesmente aplicando novas tecnologias no aproveitamento das pastagens e no melhoramento genético do rebanho. Com isto, viabilizaríamos uma indústria para o esmagamento e extração do óleo de soja, gerando milhares de empregos, que abasteceria o mercado local, exportando o excedente, e o farelo viabilizaria a ração para a criação de bovinos, aves, suínos e outros animais. Enfim, nosso Acre tem terras boas e um povo trabalhador que quer produzir, o que nos falta mesmo, é um governo que incentive a pesquisa, aumente a assistência técnica, facilite o crédito, garanta o preço mínimo e o armazenamento, subsidie as sementes e os insumos, que dê trafegabilidade nos ramais e, principalmente, pare de perseguir quem quer trabalhar.

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*TIÃO BOCALOM é professor de Matemática, presidente estadual do DEMOCRATAS 25 e foi candidato ao governo do Estado em 2010, recebendo 49,3% dos votos válidos.


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