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Um quadro perigoso que pode levar o PT a perder em 2014

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Quem transita pela Casa Rosada, sede do Governo do Acre, costuma dizer que o candidato à reeleição Tião Viana (PT) é puro otimismo. Quando algum deputado chega com “chorumelas” o governador costuma responder com aquele típico: “deixa comigo que está tudo sob controle”. Num aspecto Tião Viana (PT) tem razão. Os números das mais recentes pesquisas realmente o colocam numa situação tranquila. Há dois meses a Folha de São Paulo publicou que o Acre será um dos estados em que o PT tem mais condições de ganhar o Governo. Aparentemente um verdadeiro “céu de brigadeiro” às pretensões petistas.


O contraponto
Mas a realidade é um pouco diferente. Primeiro que nenhum instituto de pesquisa “alienígena” conseguiu acertar os resultados das mais recentes eleições no Estado. As vezes, fico a pensar que os institutos fizeram as pesquisas corretamente, mas que os acreanos gostam de “dissimular” as suas intenções de voto


Questão de números
Segundo que a matemática pode ser cruel. Os deputados federais Gladson Cameli (PP) e Henrique Afonso (PV) que eram da FPA e, pediram votos para Tião Viana (PT), em 2010, agora, vão pedir contra. Os dois somados representam quase 60 mil votos. É óbvio que isso não significa que automaticamente os votos deles irão para a oposição. Mas podem mudar tendências.

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Caldo de galinha
Em 2010, Tião Viana (PT) disputou contra Bocalom (DEM) e Tijolinho. Ele vinha de um mandato bem avaliado no Senado. Agora, disputa contra Márcio Bittar (PSDB) e o mesmo Bocalom (DEM), mas com um vice de peso, Henrique Afonso (PV) e, uma memória eleitoral recente forte.


Reforço natural
Os dois candidatos da oposição terão estrutura de campanha, ao contrário de 2010, em que Bocalom (DEM) não tinha “um pau para dar no gato”. Mesmo com uma campanha “deficitária” em termos de recursos, Bocalom ficou a um por cento da vitória. Bittar (PSDB) vai ter apoio dos tucanos de plumagem nacional.


Problemas internos
Conversando com uma militante da Juventude do PT notei que as “intrigas” provocadas pelas correntes internas DR e DS ainda não estão superadas. E tem deputados da base que não vão vestir a camisa como deveria. No hora das visitas se o eleitor crítica o PT eles concordam para não perderem o voto para sí.


Meses de chumbo
Outro fator preocupante para o atual Governo petista é a chegada dos meses de dissídio coletivo das categorias de servidores. Se acontecerem greves, em tempos de vacas magras, o desgaste será grande.


A favor
O voto do eleitorado do Acre, na minha avaliação, ainda é contra ou favor do atual Governo. Os dois candidatos da oposição não decolaram nessa pré-campanha. Mas isso pode mudar com os debates e os programas eleitorais de rádio e TV.


Prudência
Portanto, quem cantar vitória antes do tempo pode estar encontrando o rumo da derrota. E isso vale tanto para a FPA quanto à oposição. Antevejo uma disputa dura em que o vencedor será definido por detalhes como profissionalismo de campanha, propostas e credibilidade.


A chapa da morte
O chapão para deputado estadual da FPA é só para profissionais da política. A coligação entre PT, PEN, PROS será muito forte eleitoralmente. Só vai sobreviver quem tiver muita bala na agulha e bases orgaizadas de votos.


Quem é quem
A chapa tem os seguintes deputados com mandatos: Élson Santiago (PEN), Astério Moreira (PEN), Jamyl Asfury (PEN), Valter Prado (PROS), Maria Antônia (PROS), Geraldo Pereira (PT), Ney Amorim (PT), Jonas Lima (PT). Além dos ex-secretários de estado Reis (PT), Daniel Zen (PT) e Lourival Marques (PT).


Salve-se quem puder
Acredito que com menos de seis mil votos ninguém vai para a Aleac, nessa coligação. Pelos menos onze candidatos com estrutura numa chapa que deve eleger seis ou sete. Não é a toa que tem gente correndo.


A volta de quem não foi
O ex-deputado federal Chicão Brigido (PDT), atualmente assessor da prefeitura de Rio Branco, quer eleger-se para a Aleac. Mas já avisou que seu partido só vai se coligar com “nanicos” que não têm ninguém com mandato.


Cobre a cabeça…
Que as articulações políticas do governador Tião Viana (PT), na Aleac, foram bem sucedidas não tenho dúvida. Ele conseguiu a maioria esmagadora dos deputados estaduais para apoiar o seu Governo. Com essa bancada aprova o que quiser.


…Descobre os pés
Mas por outro lado, Tião Viana (PT) perdeu politicamente o apoio de quase toda a bancada federal. Dos oito deputados federais apenas três apoiam o seu governo. Ainda assim dois do próprio PT são da corrente dissidente, a DS. No Senado ficou dois a um pró-governo.

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Incompreensível
Tião Viana (PT) investiu onde já tinha maioria tranquila, mesmo antes das novas adesões. E deixou parlamentares federais escaparem entre os dedos. Justo aqueles que podem alocar recursos ao Estado. Alguns saíram por “besteiras”.


Fera ferida
As probabilidades da deputada estadual Antônia Sales (PMDB) ser a vice de Márcio Bittar (PSDB) são grandes. Isso significa que o prefeito do segundo maior município do Estado, Vagner Sales (PMDB) vai entrar de cabeça na disputa. Ainda magoado com aquilo que ele chama de “perseguições” para a perda do seu mandato, Vagner poderá fazer mais estragos como apoiador do que como candidato. Ele estará livre, sem o comprometimento de uma candidatura, para usar os seus argumentos. A estratégia do prefeito de Cruzeiro do Sul será mostrar as suas realizações na gestão e se “queixar” da falta de apoio do Governo do Estado e das “perseguições” políticas. Na minha avaliação, a FPA criou um forte adversário gratuitamente. Se Vagner tivesse sido cassado o maior beneficiado seria Henrique Afonso (PV), atualmente na oposição. Recentemente Henrique declarou que Vagner é o melhor prefeito do Acre. Vai entender…


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